Língua Portuguesa contada em museu

Entre os andares da Estação da Luz de São Paulo reside parte da história da Língua Portuguesa. O museu inaugurado em 20 de março de 2006 teve o investimento de quase R$ 37 milhões. Reúne vídeos, textos e sons. Todo o conteúdo multimídia faz o visitante mergulhar o imaginário no assunto de forma imediata. Basta sair do elevador para que isto ocorra.

Projetores dão movimento para uma tela de 106 metros de extensão. A imagem encobre toda a lateral de um dos salões. Ao centro, totens exibem detalhes da comunicação primária do país. Ao clicar neles, é possível ouvir textos sem necessidade de qualquer fone de ouvido. Uma concha acústica direciona o som diretamente para a pessoa. Quem está fora não consegue escutar.

A interatividade não está apenas nos monitores. Um jogo projetado em uma mesa também chama atenção. A intenção é reunir sílabas para a formação de palavras. O cumprimento da meta, contudo, depende de um o trabalho colaborativo. Pessoas interessadas em contribuir não faltam. As mãos se multiplicam sobre o material.

Uma linha do tempo ajuda na construção da história. As referências envolvem jornais, livros, músicas e documentos. A cronologia mistura cultura, política e diversos outros temas para contextualizar as mudanças da língua e as migrações planetárias. O túnel do tempo vira brincadeira ainda com a possibilidade de escutar pessoas de diferentes partes do país. São as variações do Português dentro de um Brasil de dimensão continental.

Além da estrutura permanente, o museu no centro da capital paulista tem também um andar dedicado a exposições temporárias. E num outro pavimento, fica o auditório que exibe sessões sobre as origens da língua no Brasil. O filme tem duração de 10min. O funcionamento ocorre de terça-feira a domingo, das 10 às 18h. Como diversos outros museus paulistas, o acesso é gratuito aos sábados.