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Cotidiano | 10/01/2009 | 21:59

Lixo dos veranistas se converte em renda

Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com

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Há quatro verões, o aposentado Nélio Justino sai de Criciúma em direção ao Balneário Rincão na alta temporada. No litoral içarense, ele converte o lixo dos veranistas em um acréscimo na renda familiar. Cada quilo de latinhas recolhidas, tanto de cerveja quanto de refrigerante, gera R$ 2,5.

Segundo Nélio, por mês são juntados cerca de 40 quilos de metal em bares, lanchonetes, no calçadão e até mesmo nas lixeiras da beira-mar. O montante garante a ele cerca de R$ 100 que, somado ao aposento de R$ 480, mantém a alimentação e as contas da casa, ocupada também pela esposa, por um filho e um neto.

"Comecei a catar latinhas porque se eu não fizesse isso, a panela não fervia lá em casa", explica o aposentado de 61 anos que, antes de ir para o Rincão, já lucrava com o lixo no Rio Grande do Sul. O início da atividade foi há oito anos, em Porto Alegre. Lá, Nélio juntava o material na empresa de transporte em que trabalhava como cobrador de ônibus.

Mas, no Rincão não é somente o criciumense que faz a limpeza da orla. Outros catadores também passam os finais de semana vasculhando cada uma das lixeiras da beira da praia. A procura é tanta que, em algumas delas, a fonte da renda nem é mais encontrada. Situação diferente da que acontece nas arenas esportivas. Enquanto os atletas e expectadores tomam a cervejinha, o chão se torna um lixão. Neste caso, entre um confronto e outro, os catadores entram em campo para diminuir a poluição.