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Cotidiano | 02/06/2010 | 10:57

Mãos para “toda obra”

Kelley Alves (Jornal A Cidade) - contatos@clicrincao.com.br

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Se depois da tempestade vem a calmaria, para os garis e os demais trabalhadores da manutenção das ruas o dia posterior é de muito trabalho! Mesmo assim, eles sentem-se lisonjeados em poder contribuir com o bem social e reduzir os danos causados pelas fortes chuvas que assolam a região. Conheça a história de um desses trabalhadores e saiba das dificuldades que encontram diariamente.

O susto decorrente das fortes chuvas que deixaram marcas na região vai ficar na memória de todos aqueles que, de alguma forma, foram atingidos. Para os que “trabalharam na causa” o episódio foi ainda mais tenso, visto que todos acompanharam cenas de sofrimento e perdas em toda a cidade. O braçal Jefferson Onofre Pereira tem 30 anos e trabalha há sete meses para a Subprefeitura. Ele é um dos exemplos dos vários funcionários da Secretaria de Obras que foram testemunhas da consequência deixada pelas enxurradas. “O fato mais marcante da minha vida foi ver o nosso povo embaixo d’água”, lembra.

Pai de três filhos, o gari tem muita história para contar. Depois de passar parte da vida colhendo fumo, a vaga nas obras de Içara faz parte de uma das mais significativas conquistas do funcionário. “Além de ser um serviço com mais retorno financeiro, eu não preciso ficar por várias horas dentro de uma roça de fumo”, justifica ele.

A profissão, apesar de ser considerada por muitos pesquisadores e literários uma função “invisível”, já que não há a interação das pessoas com esta categoria, para o braçal do Balneário Rincão, é a melhor forma de se comunicar com as pessoas. “É muito gratificante quando a comunidade passa pela rua e pára somente para nos agradecer pelo serviço prestado. Hoje não existe mais preconceito das pessoas com os garis como existia antes”, diz otimista o funcionário público, acrescentando que, de cem pessoas que passam nas ruas, 70% agradece e elogia esses trabalhadores.

“Para quem ficava o dia inteiro dentro do mato, sem contato com a sociedade, isso aqui é o paraíso”, conclui Jefferson. Junto com os demais colegas de trabalho, seu Onofre, como é conhecido, dá manutenção a mais de três ruas do Balneário Rincão diariamente. E, mesmo com toda correria registrada em épocas de chuva, o funcionário avalia que a temporada exige muito mais esforço. “É uma correria danada para deixarmos os lugares preparados para os eventos, temos que dar conta de tudo antes que o público chegue”, conta.

Mesmo satisfeito, o gari deu continuidade aos estudos porque afirma que tem esperança de um futuro melhor para ele, a esposa e os filhos. Nas horas vagas ele faz o segundo grau em uma escola da região. Questionado sobre o grande sonho profissional, Onofre é direto: “quem sabe um dia eu não possa ser prefeito da cidade”, diz ele com os olhos brilhando.

Assim como seu Onofre, vários funcionários braçais trabalham constantemente em prol de uma cidade melhor. Nas chuvas, os trabalhos posteriores são por conta deles. Nas festas, eles são os principais responsáveis pela estrutura, limpeza e manutenção dos locais. Atuam como verdadeiros guerreiros para que tudo fique prontinho e a população possa usufruir de uma cidade limpa e bem equipada.


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