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Cotidiano | 26/03/2014 | 14:50 - atualizada às 16h09

Mau cheiro causa rejeição a compostagem

Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com

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A atividade de compostagem virou embate judicial e também motivo de atrito nas comunidades próximas de Espigão, em Içara. O problema é o forte odor relatado no bairro. Em janeiro a empresa chegou a ser notificada para apresentar um relatório com a demonstração de melhorias. Em fevereiro teve então o alvará cassado pela falta de resolutividade. No mesmo mês a Composul garantiu o funcionamento por força então de liminar.

“O mau cheiro é mais forte a noite. Não dá para dormir. Seca a garganta e da tosse. Só com cobertor tampado no rosto. Já liguei para o prefeito. Tentamos ainda o Ministério Público e a Justiça. A nossa intenção é levar eles no local. Temos um abaixo-assinado com mais de 100 assinaturas. Já foi cogitado até despejar parte do material em frente ao fórum e da Prefeitura Municipal. É insuportável”, coloca a moradora Simone Esequiel Rodrigues Calegari, em Linha Zilli.

“A empresa está em dia com as obrigações ambientais. Quanto ao cheiro, não há no país uma normativa que quantifique e tampouco seja base para índices aceitáveis”, explica o biólogo da Fundação do Meio Ambiente de Içara, Ricardo Garcia da Silva. “A informação que temos é que o empreendimento instalou um equipamento que deverá reduzir os odores, mas para isso, será preciso mais alguns dias”, completa o presidente da autarquia, Eduardo Rocha Souza.

“A compostagem é uma necessidade conforme determina a Lei de Resíduos Sólidos. Iniciamos a atividade faz sete meses, mas ainda não começamos a comercializar adubo. O que produzimos está sendo utilizado no próprio processo para evitar o mau cheiro. O transtorno sentido nos últimos dias é por causa da necessidade de revolver o material. Estamos fazendo isso para realinhar todo o processo com o equipamento que locamos na intenção de que o problema seja sanado. O Ministério Público do Trabalho também já esteve no local e não constatou insalubridade”, ressalta o empresário Marco Aurelio Salvaro Souza.