Cotidiano | 19/02/2010 | 00:29
Mortandade ainda não explicada
Larissa Matiola (Jornal Gazeta) - redacaogazeta@engeplus.com.br
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Centenas de peixes foram encontrados nos últimos dias entre a Plataforma Sul e o Balneário Barra Velha, todos da espécie Baiacu. Conforme o presidente da Colônia de Pescadores Z-33, João Piccollo os peixes podem ter sido jogados no mar por algum barco de pesca por não conter valor comercial. Segundo o presidente, muitas pessoas estão pegando os peixes e levando para casa.
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A Fundai está em contato direto com técnicos da Fatma para encerrar o caso. A demora na conclusão se deve a falta de corpo técnico especializado e multidisciplinar, como engenheiro químico, engenheiro sanitarista, geólogo e um geógrafo. Em janeiro a situação também foi registrada por moradores da Lagoa dos Esteves. Contudo, por ser água doce, os peixes encontrados eram da espécie Cará. Na época, uma investigação da Fundai e da Polícia Ambiental foram iniciadas. Mas, até este mês nenhum relatório conclusivo foi divulgado.
O caso já está também em observação pelo Ministério Publico de Santa Catarina da comarca de Içara, que no dia 5 de fevereiro instaurou procedimento administrativo com objetivo de apurar a causa e responsabilidade pela morte de peixes e qualidade da água na Lagoa dos Esteves. Foram requisitadas informações no prazo de 10 dias ao Município, Polícia Ambiental e Fatma, com intuito de saber quais as medidas tomadas até então pelos órgãos competentes, se há exploração de alguma atividade econômica que utilize os recursos da lagoa, bem como o resultado das últimas análises da água da Lagoa.
Em resposta ao procedimento do MP, a Fundai enviou um oficio onde esclarece que o entorno das lagoas e áreas adjacentes estão localizadas em Zona de Preservação de Recursos Naturais (ZPN), destinada a preservar recursos naturais, hídricos e de solo, e recuperar ou manter intactas condições ecológicas e paisagísticas. Ainda segundo a Fundai, todas as atividades que exploram os recursos da lagoa tem que ter o licenciamento do órgão ambiental, e que a fundação não emitiu qualquer autorização. A Fundai deve fazer um levantamento in loco para identificar as atividades que estão devidamente licenciadas e mensurar as que estão inseridas na área de preservação permanente para tomar medidas cabíveis.
Na análise feita pelo órgão ambiental do Município, foi constatada a temperatura da água em 30,5 ºC, sendo que as médias locais são de 24 a 25 ºC. Essas variações de temperatura causam efeitos danosos aos ecossistemas, pois reduzem o oxigênio.
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