Cotidiano | 30/11/2017 | 09:34
Mudança de paradas gera desconforto entre usuários de ônibus
Especial do Jornal Gazeta
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Usuários do transporte coletivo em Içara notaram na última semana uma mudança em relação a pontos de embarque e desembarque. Em especial, aqueles que iniciam ou finalizam a viagem na região da Marcos Rovaris, na região central da cidade, no sentido Içara/Criciúma. Houve redução no número de paradas: anteriormente havia três, mas agora são duas. A situação tem gerado reclamações por parte dos passageiros.
“A gente sempre pensa que vão melhorar as coisas para a gente, mas não, sempre pioram. É triste. Tenho um problema na perna e já não consigo andar direito, agora tenho que andar mais para poder pegar o ônibus. Nunca pensam em quem usa ônibus, no que essa pessoa sofre e a situação sempre acaba piorando”, comenta o aposentado Itaci Cardoso.
Morador da região central, Cardoso destaca que sempre utiliza ônibus quando vai para Criciúma realizar consultas. Como os filhos trabalham, o meio utilizado sempre acaba sendo os veículos do transporte coletivo. “Não quero que meus filhos percam dia de trabalho para me levar, mas ao invés de ajudarem, sempre acabam prejudicando a gente”, complementa. A mesma visão tem também o aposentado Valdemar Dagostin.
“Para mim, por enquanto está tranquilo, posso caminhar, mas penso exatamente em quem tem dificuldade. Já não basta o fato de a maioria das paradas não terem sequer abrigo para ficar em dia de chuva e de sol. Agora temos também que sofrer para chegar na parada”, coloca. Antes da alteração, no sentido Içara/Criciúma, a Rua Marcos Rovaris contava com três paradas de ônibus: uma próxima a uma loja de equipamentos automotivos, outra nas proximidades de um banco e outra perto de um posto de combustíveis.
Com a mudança, apenas a parada do posto, que tem abrigo, não sofreu alteração. As outras duas deixaram de existir. O ponto de embarque e desembarque foi transferido para as proximidades da Secretaria de Saúde, onde não há abrigo. “Tudo que muda gera desconforto e neste caso muitos usuários terão que andar ainda mais para chegar até na parada, por isso a reclamação”, comenta o gerente da empresa, Elvio Peruchi. “Para nós não causa impacto, porque é apenas uma parada a menos, até porque a demanda, independentemente de qualquer situação, permanecerá. Mas com certeza acabou sendo ruim para o usuário”, avalia.