Jornal Gazeta
Cotidiano | 08/03/2017 | 08:00
Mulheres que fazem a gestão municipal
Especial do Jornal Gazeta
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A comemoração do Dia Internacional da Mulher é uma forma de destacar as lutas femininas por melhores condições de vida, trabalho e polícias entre tantas outras conquistas. “Neste dia 8 de março, nós, mulheres, não queremos apenas flores. Queremos que possamos ter respeito o ano todo. Não apenas perfumes, clamamos por igualdade. Nessa data, guarde os bombons e empodere uma mulher. Esta é a nossa luta de todo o dia”, afirma a coordenadora do Procon de Içara, Karoline Calegari.
“Seu labor no lar é incessante e anônimo; seu trabalho profissional muitas vezes não é igualmente remunerado, quando não, seu talento é frustrado quanto às oportunidades de desenvolvimento e expansão. É justo que, a exemplo do setor público içarense, nomes femininos sejam cada vez mais incluídos nos mais diversos setores da sociedade”, acrescenta.
“A luta pela igualdade de gênero precisa ocupar diferentes espaços. É tarefa de todos e essencial na busca de uma sociedade em que haja liberdade, igualdade e justiça. As mulheres precisam acreditar no seu potencial, buscar uma formação e lutar por espaço. Precisamos continuar lutando por políticas que incluam a mulher e que universalizem esses direitos”, ressalta a secretária municipal de Assistência Social, Jaqueline dos Santos.
“Fazer parte deste governo que abre espaços para a mulher é importantíssimo. É a oportunidade de mostrarmos nossas potencialidades e ajudarmos nosso munícipio”, emenda a secretária de Educação, Gerusa Bolsoni. “É um processo lento a valorização das mulheres, mas nós estamos encarando este desafio e conseguindo mudar a realidade. Nós temos uma forma de agir mais ampla e estamos conseguindo provar que é possível”, acrescenta a superintendente da Fundai, Maria Tereza Chagas.
“Hoje acredito que somos bem valorizadas pela capacidade intelectual. Em dois séculos de lutas, conseguimos o respeito”, completa a secretária de Saúde, Lucimara Ferreira. “Esta é uma data que se torna bastante importante para nós em vários aspectos, principalmente por valorizar as conquistas ao longo do tempo. Nós mulheres tivemos que travar várias batalhas para que isso fosse possível. Direitos que não se tinha e que foram conquistados. E junto a isso uma independência fez as mulheres darem a volta por cima”, salienta a primeira-dama, Ceneli Freitas Gastaldon.
Representação legislativa ainda é tímida
Se no primeiro escalão da Administração Municipal o número de mulheres já se iguala ao de homens, a mesma situação não ocorre na Câmara Municipal. Atualmente, a Casa conta com 15 legisladores e apenas uma é mulher: Silvia Mendes (PP). E esta é uma história que tem se repetido em três das últimas quatro legislaturas. “Somos todos tratados de igual para igual e eu sou uma pessoa que, se precisar bater na mesa, eu bato. E tenho tido o respeito de todos. As mulheres hoje contam com mais iniciativa”, pondera a legisladora.
“Não considero ser vereador como uma profissão. É uma missão. E eu vejo exatamente que tive esta missão, assim como acredito que outras mulheres também tenham”, diz Silvia. Sobre a falta de sucesso das mulheres em campanhas políticas, ela considera que a falta de coragem é determinante. “Capacidade se tem, o que realmente falta é coragem. Mas a cada dia mais espaço está sendo conquistado e não tenho dúvida que em breve possamos ter mais vereadoras dentro da mesma legislatura”, projeta.