Lucas Lemos [Canal Içara]
Cotidiano | 12/03/2015 | 15:42
Museu expõe história de Casimiro Tibincoski
Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com
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Natural da comunidade de Linha Batista, Casimiro Tibincoski foi agricultor e fundador do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Içara. Além do legado econômico, ele deixou uma herança também cultural para a cidade. Afinal, fez parte da Associação Coral de Içara e trabalhou pela criação da Academia Içarense de Letras e Artes. Parte de toda essa trajetória está em exposição no Museu do Agente Ferroviário Anselmo Cargnin. A abertura oficial ocorreu nesta quinta-feira, dia 12. O material resume 92 anos de vida do morador do Liri.
“Precisamos valorizar os autores de nossa cidade. E iniciamos esta a exposição junto com o Café Literário na tentativa de criar estratégias para estimular a leitura”, completa a presidente da Fundação Cultural de Içara, Eliana Jucoski Monteiro. A abertura teve ainda a contação de história com o estudante Vinicius Dagostim da Silva, da Escola Municipal Ângelo Zanelatto. “Fui professora há muitos anos e hoje sou escritora infantil. É muito bom saber que há propagadores como este menino”, coloca Iede Cardoso dos Santos.
O primeiro livro de Casimiro foi lançado em 1992 sobre a história da comunidade de Linha Três Ribeirões nas “Lembranças de um pioneiro”. Segundo o escritor, o nome da comunidade foi escolhido devido aos cursos de água encontrados na abertura da estrada. Em 1969 ocorreu a fundação da Sociedade Recreativa e Esportiva Liri (abreviação de Linha Três Ribeirões), e, posteriormente, Liri tornou-se o nome oficial do bairro. “O lugar foi crescendo. Vieram novos moradores com mentalidade e costumes diferentes e tudo começou a mudar”.
Em 1997 Casimiro lançou também a “História da Colonização Polonesa”. “Devemos lembrar que do último grupo de emigrantes vindos em 1892, nem todos ficaram em Linha Batista. Uma parte deles instalou-se em Linha Três Ribeirões, mais precisamente onde se encontra a Capela do Morro do Caravaggio”, indica o livro. “Embora nenhum emigrante se instalasse em Santa Cruz na chegada da Europa, mais tarde, nas décadas de 1920 à 1930, alguns se transferiram para lá”, ressalta.