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Cotidiano | 27/11/2009 | 00:25

Na luta contra a Aids

Larissa Matiola (Jornal Gazeta) - redacaogazeta@engeplus.com.br

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O mundo celebra na próxima terça-feira, dia 1º, o Dia Mundial da Luta contra a Aids. Em Içara, a data será marcada por um grande evento de sensibilização promovido pela equipe do Programa DST/HIV/Aids. Com o slogan “Não importa o tamanho da sua confiança, use camisinha”, a proposta é conscientizar as pessoas de que a doença existe e que não é contraída apenas entre homossexual, nem de pobre, nem de rico, nem de quem transa muito e com todo mundo. “Qualquer pessoa pode contrair o vírus HIV, mesmo quem só fez sexo uma vez. Muitas pessoas ainda acreditam que o HIV acontece somente com os outros, e nunca com ele”, alerta a psicóloga e coordenadora do programa de Içara, Samira Abdenur.

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No dia do evento, toda a cidade estará mobilizada. Os caixas de supermercados, funcionários de postos de combustíveis e motoristas do transporte coletivo e da prefeitura, literalmente, vestirão a camisa. “Serão distribuídas mais de mil camisetas”, diz Samira. A programação inclui missa ás 17 horas, celebrada pelo padre Eloir Borges na igreja Matriz. E no período da noite, shows musicais na praça central, com o grupo de pagode Chocolate Sensual e o sertanejo universitário com Neguinho e Emanuel.

A campanha se estende ainda às escolas da rede municipal de ensino. Os alunos das 8º séries elaboraram um jingle que será executado durante o dia da campanha. A proposta segundo a coordenadora do DST/HIV/Aids é atingir todas as faixas etárias.


DOENÇA NÃO TEM CURA E FALTA DE INFORMAÇÃO AINDA É PROBLEMA

“Quando descobri que estava com a doença foi uma surpresa. Sofri discriminação dos amigos e familiares. Mas, aprendi que tudo isto aconteceu por falta de informação, prevenção e cuidados”. Este é o relato de um jovem de 32 anos. Ele descobriu que é soropositivo há oito anos, quando foi contaminado por meio de uma relação sexual. Quando os pais ficaram sabendo, começaram a separar os copos, roupas, talheres... “Contei sobre meu problema para algumas amigos como forma de desabafo. Pensei que iriam me ajudar, mas o feito foi contrário”, relata.

Somente em Içara, são 300 casos de pessoas contaminadas. Os campeões em índice de contaminação são pessoas, heterossexuais, entre 29 a 40 anos. E o agravante é que grande parte dos infectados foi por meio de relações sexuais com parceiro fixo. “A maioria são mulheres. Elas associam o relacionamento estável como proteção. Das infectadas, a maioria contraiu a doença com o próprio companheiro”, conclui Samira. Ainda segundo a psicóloga, o diagnóstico tardio é um grande problema, mesmo com a gratuidade do exame. “Existe o medo de se auto descobrir”, informa ela.

Além do teste do HIV, hoje, todo o soropositivo tem acesso gratuito aos coquetéis de medicamentos através do Ministério da Saúde. “Os pacientes que freqüentam os grupos, recebem vale transporte, uma cesta nutricional, contendo aveia, suplemento de soja, farinhas integrais, fibras”, informa a nutricionista Raquel de Oliveira. Ainda segundo ela, os alimentos colaboram para manter a imunidade.

Como a hipertensão, diabetes e colesterol, a Aids também não tem cura e precisa ser controlada. O vírus é transmitido pelo contato com o sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno de uma pessoa contaminada. E não pega em abraços, beijos, aperto de mão, carinho ou uma série de contatos superficiais.

ASSIM PEGA: Sexo vaginal sem camisinha; Sexo anal sem camisinha; Sexo oral sem camisinha; Uso da mesma seringa ou agulha por mais de uma pessoa; Transfusão de sangue contaminado; Mãe infectada pode passar o HIV para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação; Instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados.

ASSIM NÃO PEGA: Sexo, desde que se use corretamente a camisinha; Masturbação a dois; Beijo no rosto ou na boca; Suor e lágrima; Picada de inseto; Aperto de mão ou abraço; Talheres, copos; Assento de ônibus; Piscina, banheiros, pelo ar; Doação de sangue; Sabonete, toalha, lençóis.



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