Uma família pode ser muito maior do que os laços sanguíneos diretos. Quando se trata de uma etnia, essa relação está também na herança dos costumes. Tem a gastronomia, linguagem, musicalidade, religiosidade... Enfim, aspectos que o Movimento Chico Rosa utiliza para conectar a etnia africana desde 1997 em Içara.
O movimento iniciou com um almoço das famílias Rosa de Oliveira. De um encontro com outros grupos de danças africanas, surgiu a necessidade de se organizar formalmente. E o nome escolhido foi uma homenagem Francisco Bernardo da Rosa, içarense de Urussanga Velha, popularmente conhecido como Nego Chico.
Desde então, encontros anuais reforçam a identidade africana e a contribuição da etnia para o desenvolvimento da cidade. "Içara é o lugar que a gente nasceu, nos criamos, criamos os filhos, netos e bisnetos. É um lugar que não existe igual. A gente ama esse povo, como também somos amados aqui", ressalta Maria da Rosa, a Conta.
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