O compartilhamento da vida

Na mão esquerda, o constante movimento dos dedos impulsionados por uma pequena bola, enquanto que no punho direito, uma pulseira vermelha indica parte do tratamento a que está sendo submetida. Há mais de 15 dias internada no Hospital São José, Rosa Lima trava uma batalha contra males no coração e nos rins.

O combate às doenças se estende há pelo menos dois anos. No entanto, antes do despertar das doenças, ela garante: “a saúde tava boa”. Desde então, a qualidade de vida tem sido reforçada por colaborações, por meio da contínua transfusão de sangue.

Neste domingo foi lembrado pelo país o Dia do Doador de Sangue, mas as colaborações locais têm deixado a desejar. De acordo com a responsável pelas captações do Hemosc de Criciúma, Ana Rúbia Pelegrin Zanette, o número de doações tem reduzido significativamente. Para atender a demanda, ela pontua que são necessárias de 60 a 70 coletas diárias. “Todos os tipos de sangue são importantes, e os negativos são ainda mais raros. Convidamos a todos que estão aptos a doar para comparecerem ao Hemosc”, complementa.

As captações atendem a 28 hospitais e clínicas da região, alcançando pacientes como Rosa. “As transfusões são realizadas desde o centro cirúrgico à UTI”, comenta a técnica em enfermagem do setor transfusional do HSJ, Jeruza de Oliveira.

No local, o sangue recebe cuidados especiais para garantir sua funcionalidade. “Fazemos o controle de validade nas etiquetas, além da temperatura”, menciona. Para que as transfusões sejam viabilizadas, diferentes procedimentos são realizados. “Pedimos amostra de sangue do paciente e requisição de sangue e fazemos a prova de compatibilidade”, diz, acrescendo que a transfusão pode levar de uma a quatro horas.

Segundo ela, o estoque no hospital se mantém hábil para atender a demanda, podendo ser acrescido em condições procedimentos médicos agendados que exijam mais sangue, como cirurgias cardíacas ou outros procedimentos.