Cotidiano | 07/04/2010 | 11:50
Orla vira depósito de rios da região
Kelley Alves (Jornal A Cidade) - contatos@clicrincao.com.br
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Troncos, galhos e muita madeira espalhada. Este foi o cenário que fez parte da orla do Balneário Rincão durante toda a semana passada e início desta. A areia estava praticamente escondida em meio a tanta madeira distribuída em toda extensão da beira do mar. E, dentro da água não era diferente: os pescadores tiveram dificuldade na atividade durante as últimas semanas: no anzol só vinham galhos ou vestígios de madeira.
No início da semana passada, apenas um caminhão estava recolhendo estes entulhos. De acordo com o subprefeito José Eloir do Nascimento, todas as vezes em que a chuva forte cai na cabeceira da serra os desmoronamento de barrancos nos rios Urussanda e Araranguá acabam sendo despejados no mar do Balneário Rincão. E, consequentemente arrastados para a areia. “Estamos realizando o serviço de limpeza, usando um trator rasteiro para limpar, jogando a madeira menor nas dunas, que ajudará na contenção”, explica Eloir, garantindo que, no máximo até o final desta semana, a orla deverá estar completamente limpa. “Isso se não chover novamente até lá”, destaca.
Enquanto isso, a atividade pesqueira fica praticamente impossível no Rincão. “Aonde os pescadores, que vão de caminhão para jogar a rede no mar, vão apoiar estas redes?”, questiona o presidente da Colônia de pesca Z-33, João Picollo, que ainda lembra a falta de acesso destes caminhões na beira do mar. “Alguém precisa tomar uma atitude para combater a este problema. Só limpar não adianta. Aqueles rios precisam de um mar auxiliar para proteção. Precisa-se encontrar meios de preservar as margens do Araranguá e do Urussanga”, alerta ainda o presidente da Z-33.
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