Cotidiano | 13/05/2016 | 08:00
Paixão movida a quatro rodas e um motor
Erik Borges - erik.borges@canalicara.com
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Alguns preferem os antigos, outros optam pelos tecnológicos, há quem ame os potentes ou talvez os econômicos. As preferências alternam-se, mas isso não impede que os estudantes Fabiano Fernandes, Gustavo Osório e Leonardo Cruz sejam classificados como fãs automotivos.
Natural de Sapucaia do Sul (RS), Leonardo denomina-se amante dos automotivos desde criança. Na prateleira o quarto está a coleção de 164 mini carrinhos enfileirados. “O primeiro quem me deu foi a minha tia, um El Camino - modelo 1964. Desde então comecei a comprar e não parei mais” declara o colecionador.
“Os carrinhos que tenho um carinho maior são aqueles em que as pessoas me deram de presente, independente se eu achei bonito ou não ou se ele é repetido. O gesto da pessoa ir à loja escolher um carrinho pra mim faz eu ter um apego maior”, conta Leonardo. Ele garante saber todos os carros que foram recebidos de presente ou comprados por conta própria.
“Uma das coisas que eu acho mais legal nos carros, sem duvidas é a história. Cada carro tem a sua. Eles têm participação na vida das pessoas e um espaço na história do país”, explica. “Às vezes olho um carro velho e me pergunto: quem deve ter sido seu primeiro dono? Por quantos donos ele já passou? Em quais lugares ele já foi? Quem ele já carregou?”, conta o jovem de 21 anos.
Gustavo também é fã declarado desde criança. “Talvez seja de sangue, pois meu pai já tinha afinidade por carros”, diz. O gosto dele é principalmente por carros recém-lançados, mas não esquece as relíquias. “Nos carros antigos, os motores eram quase para toda vida, pois dificilmente quebravam. E quando isso acontecia, o ditado popular exemplifica que um arame e um alicate resolvem o problema”, esclarece.
Para Gustavo, o que mais chama atenção são modelos Sedan. “Acho o design bonito, principalmente com motor 1.6 ou algo semelhante, e que conte com o básico para comodidade e bem estar no carro”, valoriza. Leonardo, por vez, indica os carros americanos como referência mundial. “São veículos potentes, enormes e luxuosos. Além disso, eles se destacam pela qualidade”, enfatiza.
Paixão por carros antigos (e charmosos)
As investidas da indústria automobilística na tecnologia, conforto, potência e economia não tiraram os modelos antigos do cenário. Com 20 anos, Fabiano é fanático por carros antigos desde pequeno e descarta comprar veículos fabricados após a chegada do século 21. Detentor de dois Opalas (um deles à espera por reforma), o estudante de Administração trata o carro modelo 78 com o mesmo cuidado que um pai cuida do filho.
“Como todo jovem sonha em ter um carro, fui à busca do meu, mas tinha que ser um antigo. Então comprei meu primeiro Opala-75 e me apaixonei. Só que ele necessitava de muitos reparos, então comprei outro já reformado”, explica. “Os carros atuais são todos iguais e estão ficando cada vez mais padronizados. Um carro antigo tem muito mais conforto e potência que muitos carros novos”, conta Fabiano.
Tecnologia em veículos também gera fãs
“Sem duvida, no nosso tempo o a tecnologia é considerada um diferencial nos veículos. Algum tempo atrás era o luxo, mas isso tornou-se mais comum e as prioridades foram se aperfeiçoando”, avalia Leonardo. Segundo ele, a exigência e o gosto do brasileiro é um marco na história do país, pois cada modelo fabricado é feito para atender um tipo de necessidade.
“O que mais me atrai em um carro é o design, conforto, status e segurança, é por isso que tenho preferencias por caminhonetes e sedans”, revela. “Hoje estamos vivendo a tecnologia sobre rodas, conectados até mesmo dirigindo considerando também a evolução mecânica, com veículos de três cilindros mais potentes, mais econômicos e compactos do que os de quatro cilindros fabricados dois anos atrás”, pontua Leonardo.