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Cotidiano | 12/08/2012 | 15:12

Para cada pai, uma comemoração diferente

Especial de Milena dos Santos, do Jornal do Rincão

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A história do Dia dos Pais teve inicio em 1909, quando Sonora Louise Smart Dodd, de Washington, teve a ideia de homenagear seu pai, William Jackson Smart, um velho veterano da Guerra Civil, após ouvir um sermão no Dia das Mães. Smart passou a cuidar dos seis filhos sozinhos devido a morte da sua esposa em 1898. Já adulta, Sonora compreendeu a força e a generosidade demonstradas pelo pai ao criar os filhos sozinhos.

Graças aos esforços de Sonora, o primeiro Dia dos Pais foi celebrado no dia 19 de junho de 1910, em Washington. Aproximadamente em vários locais por toda a América começava a comemorar um “Dia do Pai” e em 1924, o presidente Calvin Coolidge apoiou publicamente a data a nível nacional. Em 1972, o então presidente Richard Nixon introduziu o a data na lei, sendo que a partir de então passou a homenagear-se não só o pai, mas todos os homens que representam a figura paterna, como o avô, o padrasto ou tio.

No Brasil, a ideia de comemorar esta data partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família. Sua data foi alterada para o segundo domingo do mês de agosto por motivos comerciais, ficando diferente da americana e europeia. São vários tipos de pais que estão espalhados pelo mundo, pais como o Senhor Smart, que criou seus filhos sozinhos com muita dedicação, pais de primeira viagem e os pais que já tem família há décadas.

Será que é possível um pai, com problemas de saúde, após ser abandonado pela esposa conseguir criar um filho sozinho? Essa é a realidade de Antônio Eleotério da Silva, de 64 anos, que após 34 anos de casamento ficou apenas com a presença de seu filho Victor de Costa da Silva. Mas, para Antônio, a presença do menino traz muita alegria para sua vida. “Eu tenho que cuidar dele para que ele cuide de mim, pois somos doentes e temos que cuidar um do outro. Temos que ter força para cuidar um do outro. Tenho mais três filhos que me apoiam. Domingo ficarei muito feliz com a presença deles, não me sinto abandonado, pois eles são tudo na minha vida”, comenta.

Adilson Teixeira tem a chance de ganhar muitos presentes neste domingo. Mas para ele não tem presente melhor que do que os nove filhos. Tendo que repartir a atenção com todos, Seu Adilson ganhou em troca a admiração dos filhos. Uma de suas filhas, Daniela Godinho Teixeira, diz que seu pai é um exemplo de vida a ser seguido por ela e seus oito irmãos. “Meu pai tem um monte de coisas boas. É um guerreiro que nos ajuda sempre. Ele é um exemplo de pai. Ele assume os erros que comete e ultrapassa muitos limites, mas nunca deixa faltar carinho. Ele é tão experiente que nos indica caminhos para evitar tropeços. Meu pai é incrível”, relata Daniela.

Uma família com sete filhos, 11 netos, oito bisnetos e três enteados. Assim é formada a família de seu Pedro Campo Rodrigues, 94 anos, morador do bairro Mirassol, que vive a alegria de ser pai há 63 anos, quando nasceu seu primeiro filho. Desde então, ele só tem sentido alegrias na sua vida, por ter uma família que esta sempre próxima a ele. “Eu me sinto muito feliz por ter uma família como a minha. Somos pobres, mas todo mundo gosta muito de mim e dos meus filhos. Tem muita família que tem dinheiro, mas que não tem o amor e a alegria que eu tenho em ser pai”, declara Rodrigues.

Apesar dos problemas de saúde que seu Pedro vem enfrentando nos últimos dias, ele lembra os tempos em que trabalhou nas minas de carvão, de onde tirava o sustento para seus filhos. “Durante 20 anos fui encarregado em uma mina da cidade de Siderópolis. Quando comecei a trabalhar meu filho tinha dois anos. Considero que sempre fiz o que pude para dar o melhor para eles”, destaca. Tudo que Rodrigues ganha dos filhos de presente, para ele é sempre bom, mas o importante mesmo é ter todos por perto. “Meus filhos vem me dar um abraço no dia dos pais. Sinto-me muito feliz na presença dos netos e bisnetos também. Sou muito realizado por isso. Hoje vejo meus filhos criados e me sinto muito bem e feliz por ter os filhos que tenho. A maior riqueza já dei para eles, que é o amor”, ressalva. Segundo seu Pedro, as pessoas têm que plantar para colher bons frutos, e a família dele é um desses frutos.

A sensação de saber que terá um filho, quando chega o exame acabando com toda a dúvida, é inesquecível. Para o casal Paulo Alberto Brandão e Carla Bozzello, está sensação ainda não passou. Isso porque faz menos de duas semanas que souberam da novidade que mudaria suas vidas para sempre. “Ainda não caiu a ficha. Mas agora é um planejamento diferente”, conta o mais novo papai Paulo. Mas basta falar sobre o assunto para perceber a ansiedade de ver o filhinho nascer. Em cada gesto e palavra ele deixa à mostra o pai coruja que será. “Agente já começa a ver roupinhas e reparar em outros bebes tentando imaginar como será o nosso”, conta Paulo.