Passageiros de ônibus sofrem sem abrigos

Em época de chuva uma das maiores reclamações dos moradores de Içara, gira em torno das paradas de ônibus da cidade. Muitas delas se encontram em péssimo estado, invadidas pelos matos dos arredores e abandonadas. Contudo, ainda pior que a falta de manutenção dessas paradas, é a inexistência delas. Situação que pode ser acompanhada no bairro Jardim Elizabete.

Ao longo de toda a Rua 30 de dezembro é possível constatar que não há nenhuma parada. As pessoas ficam aguardando o transporte em cima das calçadas, nos pontos onde o ônibus costuma parar. Como se já não bastasse sair de casa para trabalhar, estudar, esperar um coletivo que muitas vezes se encontra lotado, os passageiros ainda tem que enfrentar mais este problema. Quem estuda em uma das escolas do bairro, por exemplo, tem que esperar o ônibus tarde da noite em uma parada que não existe.

Jéssica Gava é moradora do Jardim Elizabete, trabalha em Criciúma e usa o transporte coletivo para poder se locomover. Ela conta que esse já um problema antigo e que a falta dos abrigos não se dá somente na rua principal, mas em todo o bairro. “Não existe quase nenhuma parada. Quando eu preciso pegar o ônibus, tenho que ficar esperando em pé no ponto. Em dias de chuva mesmo, é um enorme problema, é acho uma grande falta de consideração com os moradores”, relata.

De acordo com secretário de Obras e Serviços Urbanos, Wagner Pizzetti, esse problema já é de conhecimento da Prefeitura Municipal. “Sabemos que há uma necessidade muito grande. Essa questão já vem sendo debatida há bastante tempo. Içara está carente nessa área e necessitando de novos abrigos, nós estamos realizando para conseguir que eles sejam instalados nos lugares que precisam”, pontua.

Apesar disso, não existe previsão para que esse problema seja resolvido. Pizzetti explica que um projeto para novos abrigos já foi encaminhado para setor de administrado. Contudo, falta a aprovação do setor de licitação para que a compra dessas paradas de ônibus possam ser realizadas. “Fizemos um pedido junto à administração e agora aguardamos a liberação da licitação. Sem essa autorização, não temos ver e, sem verba, não é possível comprar os amigos. Estamos lutando para que esse problema seja realizado o mais rápido possível”, explica.

Os últimos quinze abrigos instalados na cidade, foram colocados na área central e nos lugares onde havia solicitação. A escolha desses lugares é feita através de um mapeamento realizado pelo setor de trânsito do município. Segundo o secretário de obras, o caso do bairro Jardim Elizabete não é isolado. Outros lugares da cidade também se encontram na mesma condição e precisando de novas paradas de ônibus. Outra questão apontada por ele, é a manutenção desses abrigos.

“Nós estamos mantendo as paradas de ônibus pintadas, cortando a grama dos arredores e fazendo a manutenção. Não basta ter o abrigo, ele tem que estar em condições adequadas para atender todos os passageiros”, destaca. Já para os abrigos que faltam ao longo da SC-444, Pizzetti afirma que isso fica sob responsabilidade do Deinfra, mas a solicitação já foi feita. “Eles disseram, inclusive, que disponibilizariam 25 abrigos e até agora não cumpriram. Quanto à isso, estou decepcionado porque essa vai uma promessa deles”, conclui o secretário de obras.