Pesquisa mapeia uso da água no campo

Á água tratada chega a 24,5% da população rural de Içara através da companhia de abastecimento. No entanto, é utilizada por apenas 5,3% da população rural para beber. Outros 0,8% preferem água mineral comprada. O restante depende então de poços e ponteiras. A informação é da Incope Pesquisas conforme os dados coletados em novembro de 2013. Ao todo foram efetivadas 400 entrevistas na cidade à pedido da Agência Shopping de Ideias.

Também conforme o estudo, a qualidade da água consumida nas propriedades rurais é boa para 53%, ótima para 38,8%, regular para 4%, ruim para 3% e péssima para 1,3%. Entre aqueles que classificaram negativamente, o maior problema relatado é o excesso de cloro, excesso de sais e gosto ruim. Apesar destes problemas, atualmente 73,5% de quem não recebe água tratada prefere continuar desassistido pelo sistema.

Quanto as plantações, a Incope indica que a água da chuva é aproveitada por 53,7% dos agricultores. Entre as fontes há também poços (21,8%), açudes (20,8%), ponteiras (2,3%) e rios (1,3%). Contudo, nos poços e açudes pelo menos 43,8% sentiram problema no nível da água, dentre eles, a estiagem é apontada como causa por 90,4%. A pesquisa também apurou a profundidade das perfurações. A maioria (92.6%) das fontes subterrâneas tem até 20 metros de profundidade.

AGRICULTURA - A pesquisa estabeleceu ainda as culturas mais ativas na cidade. Isto não significa que possuem o maior volume de produção. No topo aparece o milho com presença em 27,3% das propriedades rurais de Içara. Na sequência está o fumo (23,5%), feijão (20,9%), além de verduras e legumes (13%). O restante figura com menos de dois dígitos. É o caso, por exemplo, do eucalipto (2,9%), cana de açúcar (1,8%), arroz (0,7%), batata (0,7%) e a melancia (0,6%).