Procura por complemento vacinal contra meningites dispara em clínicas

O pequeno Luan Borges Zanatta, de 4 anos, está em dia com o calendário vacinal do Sistema Único de Saúde. Além disso, já recebeu a imunização contra a meningite B, W e Y, atualmente, não cobertas pelo SUS. “Fizemos por precaução”, afirma a mãe Jéssica Borges. “Também encomendados devido aos casos relatados na região”, relata a mãe de Jhenifer Zanolli Inácio, de 11 meses, Viviane da Silva Zanolli. Em uma única clínica pediátrica de Içara, mais de 220 crianças já foram atendidas desde a última semana para a vacinação complementar ao custo de R$ 280 a R$ 500.

A meningite é um processo inflamatório das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por parasitas, fungos, bactérias ou vírus. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, vômitos, náuseas, rigidez de nuca e/ou manchas vermelhas na pele. Em crianças de até um ano, o Ministério da Saúde aponta que os sintomas podem não ser tão evidentes. Por isso, é necessário ter atenção para a moleira tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo e persistente, além de rigidez corporal com ou sem convulsões.

Em Içara, um caso foi confirmado no último mês. Além disso, uma criança foi diagnosticada nesta semana com a bactéria meningococo, mas não chegou a ter a meninge atingida. De acordo com as informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, o tratamento pode ser desde o alívio dos sintomas (nas meningites virais e traumáticas) até a antibioticoterapia (nas meningites bacterianas, fúngicas e eosinofílicas). A precocidade no diagnóstico é um fator importante para o prognóstico satisfatório.