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Cotidiano | 04/08/2022 | 09:00

Quando oferecer diferentes alimentos ao bebê?

Nutricionista explica que introdução alimentar deve ser feita aos poucos e ser iniciada apenas após os seis meses de vida da criança

Andreia Limas - andreia.limas@canalicara.com

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Você é daqueles pais que não veem a hora de dar o primeiro iogurte ao seu bebê? Mal pode esperar para ver a reação dele ao sentir o gosto de uma fruta pela primeira vez? Passar pela experiência do doce e do salgado? Pois saiba que existe idade certa para oferecer diferentes alimentos às crianças.

“O aleitamento materno deve ser a alimentação exclusiva até o sexto mês de vida do bebê. Após o sexto mês, pode ser iniciada a introdução alimentar, observados alguns cuidados. Inicia-se com frutas, depois legumes, para só depois ser uma refeição completinha. Tem que se introduzir os alimentos aos poucos, uma fruta por vez”, orienta a nutricionista Alexsandra Medeiros.

Ela explica que, assim, é possível identificar a causa se a criança tiver alguma reação alérgica. A fruta pode ser cozida e amassada, sendo oferecida em forma de papinha. “A comida do bebê não deve ser batida no liquidificador. O suco de frutas não é indicado para as crianças, pois as fibras se perdem nesse processo e resta só a frutose, o açúcar da fruta”, ressalta. Depois de experimentar as frutas, a criança pode ser apresentada aos vegetais, também um tipo de cada vez, cozidos e em forma de purê.

“O mesmo alimento deve ser ofertado várias vezes à criança, para se ter certeza sobre o que ela gostou ou não. Às vezes a criança quer só brincar com o alimento. Como ainda não tem o reflexo de mastigação e deglutição prontos, não sabe o que fazer com aquele alimento. Mas com os estímulos, vai aprender a mastigar e engolir”, observa.

Cardápio

Segundo a especialista, o cardápio do bebê após o sexto mês fica basicamente com o aleitamento materno de livre demanda e uma fruta no meio da manhã ou no meio da tarde. Com o passar dos meses, pode ser ampliada a oferta de fruta para uma porção pela manhã e uma porção à tarde. “Posteriormente, podem ser feitas as misturas, ou seja, sopinhas, com arroz e as carnes”, detalha Alexsandra.

Ela chama a atenção para o fato de que o açúcar não deve ser introduzido na alimentação das crianças antes dos dois anos de idade. “Precisamos lembrar que muitas preparações levam açúcar. É muito comum os pais darem biscoitos, um alimento muito ruim para crianças, pois não é nutritivo e leva farinha refinada, gordura trans e açúcar”, cita.

A lista de alimentos contraindicados para os bebês ainda inclui os ultraprocessados, papinhas prontas, iogurtes com corante e açúcares, mingau e outros produtos industrializados.

Hábitos saudáveis

A nutricionista diz que sempre é possível estabelecer hábitos alimentares saudáveis nas crianças, porque elas são ensinadas a comer e só vão experimentar o que for ofertado. “Se a família não ofertar doces, refrigerantes, biscoitos, a criança não vai ter vontade de consumir esses alimentos porque ela não os conhece. É importante que a família toda mantenha uma alimentação saudável”, pondera.

A nutricionista ainda lembra que a criança passa por fases diferentes na relação com a comida e é preciso ter paciência na condução desse processo. “Os pais não devem brigar, castigar, nem fazer chantagens ou compensações”, indica.