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Cotidiano | 26/08/2011 | 09:17

Rafael e os oito anos de Viola Roots

Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com

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Publicitário rinconense, Rafael Rosso Figueira foi balconista e diretor de arte em duas agências de propaganda. Depois de acumular experiência no setor, decidiu criar um empreendimento próprio. Fundou a Blue, em Criciúma, onde permanece ativo. Mas permanece com uma atividade paralela. É músico profissional. Integra a Viola Roots.

Da composição criada em agosto de 2003, apenas um integrante permaneceu na banda. “Só eu mesmo que sobrevivi”, explica. Para levar o reggae às casas noturnas e bares da região, o vocalista conta atualmente com Rafael Bacis, Taffarel Matildes, Ranieri Pizzetti Correia e Fernando Silva. É com este grupo que também projeta lançamentos.

Entrevistado pelo Canal Içara, Rafael fala da indústria da música e das dificuldades impostas pelo mercado para uma banda de porte pequeno, mas que tem perspectiva de crescer cada vez mais. Para ele, falta apoio até do Poder Público. Apesar disso, passaram –se oito anos e a Viola Roots ainda se mantém. Qual o segredo e como administrar a rotatividade de integrantes? Confira estas e outras respostas:

De onde veio a tua inspiração para a composição de músicas?
Vem do cotidiano. Sempre morei perto do mar e é de onde vem a minha maior inspiração.
Acho mágico observar o ambiente em que vivo e transformá-lo em música! Mas os acontecimentos também influenciam as composições e cantar esses fatos é uma forma de expor eles a todos.

Mais difícil do que montar uma banda é mantê-la. Como a Viola Roots conseguiu viver (ou sobreviver) pelos atuais oito anos?
Foram oito anos procurando a formação correta e cada pessoa que fez parte com certeza deu a sua contribuição. Nestes oito anos aprendi muito. Demorei a entender que as minhas prioridades não são as mesmas do resto da banda.

E como trabalhou a rotatividade de integrantes?
É como um quebra-cabeça que você procurando a peça certa. E cada formação trouxe uma. A rotatividade as vezes é muito interessante como foi para a Viola Roots. Cada uma acrescentou alguma coisa de boa ou corrigiu.

A Viola lançou um disco, mas também disponibilizou as músicas para download. Qual o motivo da mudança de estratégia?
Como foram feitos apenas 500 cópias e foram vendidas em três semanas e não tínhamos verba para produzir mais. Sentimo-nos obrigados a fazer isso!

É possível ganhar dinheiro de forma regional? Ou a manutenção de uma banda exige músicos com desapego ao dinheiro?
Existe sim. Mas não é o caso da Viola. Todos dependem dos seus trabalhos e o desapego ao dinheiro é natural. Hoje o que a gente tenta é cobrir ao menos os custos.

Os músicos são valorizados regionalmente? Ou a máxima de que "santo de casa não faz milagre" ainda domina este cenário?
Respondo-te isso com uma pergunta. Quantos músicos do nosso município você viu tocar nas festas organizadas pela Prefeitura? Se tocarem é de graça e ainda nos chamam em cima da hora quando outra banda desistiu!

Com base na experiência adquirida, o que você faria diferente para formar uma banda?
É inevitável passar por tudo que passamos e necessário também para o crescimento de cada músico. Quem tem tudo muito fácil não valoriza o que tem.

Qual a importância da Internet atualmente na divulgação de uma banda?
Hoje é vital. Para quem não tem o apoio das grandes mídias tem que aproveitar ao máximo essa ferramenta.

O fato de ser publicitário contribui para que a banda se mantenha? Como é trabalhada a publicidade da Viola Roots?
Hoje o que tenho orgulho de dizer é que banda tem cinco líderes dedicados e focados nos objetivos e desta forma acredito que a minha profissão não contribua com isso. Agora quanto a imagem da Viola, foi algo que sempre me preocupei muito. Somos uma banda de reggae e acabamos pré-julgados. Então sempre tem algumas dicas que passo pra galera e graças a Deus até hoje acredito que a imagem da viola não seja vinculada a nada de ruim.

Alguma novidade projetada pela banda? Qual?
A novidade é que já estamos trabalhando em um novo projeto com músicas inéditas, inclusive com algumas bem adiantadas. Mas o legal é que vamos lançar aos poucos e para novembro. Se tudo correr bem, iremos disponibilizar o primeiro clipe da banda.