Cotidiano | 13/10/2007 | 16:18
Rincão questiona embargo do Ibama
Nei Manique | engeplus.com.br
Compartilhar:
Protesto em defesa da implantação de um condomínio horizontal na zona norte mobilizou cerca de 100 moradores do Balneário Rincão hoje pela manhã.
Durante meia hora, eles fecharam o principal trevo de acesso na SC-444 e em seguida realizaram uma passeata até a Lagoa dos Freitas.
O foco da manifestação foi a decisão do Ibama de embargar a terraplenagem do futuro condomínio Acquavitta.
A licença ambiental para a implantação do condomínio foi emitida pela prefeitura de Içara e pela Fatma. O projeto respeita uma margem de 200 metros antes da faixa protegida pela legislação federal. O parecer dos técnicos do Ibama, contudo, considera que o local está inserido na área de preservação ambiental (APA) do projeto Baleia Franca.
A mobilização ganhou força e até a adesão de entidades ecológicas porque uma audiência pública com moradores, prefeitura e Ministério Público aprovou o projeto e suas medidas compensatórias. Além de sistema de tratamento de esgoto, único no balneário, o condomínio construirá um centro multiuso para 700 famílias dos bairros Mirassol e Chico do Poço.
Para dirigentes da ONG Sociedade Ecológica do Balneário Rincão, integrante do conselho gestor do projeto Baleia Franca, o embargo não faz sentido. "Nós conhecemos em detalhes o empreendimento e o apoiamos porque de maneira alguma a obra vai agredir as proposta do projeto Baleia Franca", disse o presidente Vital dos Santos.
A principal força mobilizadora da comunidade, no entanto, está relacionada à geração de empregos. O projeto Acquavitta reúne 419 lotes e a construção das residências padrão classe A demandará boa parte da mão-de-obra nativa. A longo prazo, estimam os moradores, as residências absorverão outro contingente significativo para as áreas de manutenção, limpeza e segurança.