Cotidiano | 09/04/2011 | 11:36
Rota de ecoturismo é planejada no Rincão
Especial de João Henrique Brandão, do Jornal do Rincão
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Com a certeza da emancipação, uma incógnita ainda incomoda quem mora e quer investir no Rincão: Como o novo município irá sobreviver? Uma das fontes, senão a principal, será o turismo. Mas além de shows e eventos, o Rincão tem potencial para se tornar uma praia visitada não apenas no verão, mas também durante a baixa temporada.
Com a descoberta de sambaquis no balneário, a ideia de investir em ecoturismo, aliando preservação e lucratividade, vem tomando força. Na última sexta-feira, dia 8, uma reunião com autoridades municipais da cultura, educação, meio ambiente e obras debateu maneiras de viabilizar o projeto. o secretário de Educação e Cultura de Içara, Toninho de Mello, adianta que a intenção é fazer uma rota que proporcione aos visitantes conhecer de perto as riquezas naturais do Rincão.
“Essa rota poderá ser usada também por estudantes, do ensino básico ao universitário, que muitas vezes vão para outros municípios conhecer algo que está aqui no nosso lado”, adianta Toninho. De acordo com ele, a distribuição de cartilhas em escolas será um grande aliado em busca da conscientização. Ele acredita que se as crianças aprenderem na escola a cuidar do meio ambiente, ao chegar em casa passarão o conhecimento para o resto da família.
“Se queremos atingir aos alunos, precisamos levar essa ideia para a sala de aula. Para isso a intenção é capacitar os professores da rede municipal e estadual”, lança o secretário. Ainda segundo Toninho, a visitação não estará limitada aos sambaquis. “Queremos criar essa rota para que universidades e escolas da região visitem além dos sambaquis, as várias lagoas no balneário, criando assim uma tendência de turismo ambiental aliado à preservação”, explica. “O Rincão tem um grande potencial turístico. Isso é uma semente que está sendo plantada e, no futuro, dará muitos frutos bons ao novo município”, sublinha.
Segundo o biólogo da Fundação do Meio Ambiente de Içara (Fundai), Ricardo Garcia, o projeto visa, primeiramente, a preservação dessas áreas, conforme a solicitação do Ministério Público Federal. “Além de cercas, a solicitação também pede para que um projeto de educação ambiental seja apresentado”, destaca. De acordo com ele, ao todo, o Balneário Rincão possui 11 sítios arqueológicos, mas apenas três serão abertos para visitação, sendo dois sambaquis e um cemitério indígena. “O acesso poderá chegar até no máximo 50 metros, depois, a rota será feita a pé”, destaca Garcia.
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