Serviços no HSD são garantidos com aporte do Estado

Diretor administrativo do Hospital São Donato, Júlio Cesar De Luca confirma que a instituição manterá o atendimento na unidade de terapia intensiva (UTI) e na maternidade, com o aporte de R$ 300 mil mensais que receberá do Governo do Estado. “Com esses recursos, teremos tempo para continuar, até que haja a reclassificação na PHC (Política Hospitalar Catarinense)”, explica.

“O hospital está no nível 3, mas já atinge o nível 4. Com a reclassificação, será possível receber um valor maior pela PHC”, acrescenta Júlio. Atualmente, o HSD recebe R$ 278 mil e, com o aporte de R$ 300 mil, passará a receber R$ 578 mil ao mês. Subindo para o nível 4 na PHC e considerando a linha de corte, irá receber em torno de R$ 650 mil.

Ainda assim, os repasses ficarão abaixo dos cerca de R$ 900 mil recebidos até dezembro do ano passado, considerando a PHC e os convênios próprios para a maternidade e a UTI.

Contando ao todo com 20 leitos, a unidade de terapia intensiva atende pacientes em diversas especialidades, conforme regulação estadual – não há mais vagas exclusivas para o tratamento de covid – e registra ocupação média de 70%. Já a maternidade realiza cerca de 180 atendimentos e 60 partos por mês.

Retroativo

Com o acordo firmado, resta um ponto em discussão: o pagamento dos R$ 300 mil retroativos a janeiro. “Ainda não ficou decidido como vamos cobrir essa diferença”, afirma Júlio.

“O retroativo será pactuado se realmente o hospital tiver direito. Nós temos um conjunto gigantesco de hospitais prestadores de serviço em Santa Catarina e precisamos usar o mesmo critério para todos. Não podemos pagar o mesmo (serviço) que já é pago dentro da Política Hospitalar Catarinense, ou seja, maternidades e leitos de UTI”, declarou a secretária estadual de Saúde, Carmen Zanotto, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, da rádio Som Maior, na manhã desta terça-feira, dia 2.

No final de março, a direção do Hospital São Donato havia alertado para a possibilidade de redução do número de leitos de UTI e ainda do fechamento da maternidade, ambos por falta de convênios com o Governo do Estado para o pagamento do custeio necessário, ou seja, não incluso na contratualização pelo Sistema Único de Saúde.