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Cotidiano | 20/09/2024 | 19:25

Setembro amarelo: Se precisar, peça ajuda

Psicóloga Jéssica da Luz Fernandes apresenta dicas para manter mente saudável

Redação

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Os estímulos tecnológicos, a sobrecarga de atividades e também a ostentação social de uma vida perfeita são aspectos que interferem na saúde mental, principalmente, dos jovens. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 1 milhão de pessoas tiram a vida a cada ano no mundo, dentre elas, 15 mil no Brasil. E a tendência mais preocupante é entre pessoas de 15 a 29 anos, faixa etária em que a Associação Brasileira de Psiquiatria indica que o suicídio já é a quarta causa de morte, atrás de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal.

“O Brasil é considerado o pais mais ansioso do mundo e tem a maior taxa de depressão em toda a América Latina. Por isso é tão importante que a nossa população desenvolva inteligência emocional, resiliência e torne a saúde emocional uma prioridade. Além da terapia, existem alguns hábitos que podem contribuir para uma mente mais saudável: sono de qualidade, boas relações, cultivar hobbies, fazer as coisas com mais calma durante a dia... planejar a rotina com a ajuda de um papel e uma lista de tarefas pode ser bem útil. Se estamos em um pais com taxas tão altas de ansiedade e depressão, qualquer atitude que nos leve a observar a nós, ao outro e a nossa realidade com mais atenção será bem-vinda!”, ressalta a psicóloga Jéssica da Luz Fernandes. Também especialista em psicodrama e mestre em Ciências da Saúde, ela foi a participante da primeira edição do podcast Pauta da Semana, do Portal Canal Içara, nesta sexta-feira, dia 20.



Desde 2013, a ABP atua em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) para chamar atenção ao tema em setembro. Neste ano, a mensagem é “Se precisar, peça ajuda!”. "O suicídio é uma questão de saúde pública e que pode ser prevenida. Não basta apenas fazermos campanha no mês de setembro. É preciso falarmos sobre o assunto 365 ao ano. E mais importante do que falar, precisamos de mais investimento em prevenção de doenças, fácil acesso a tratamento psiquiátrico adequado, incluindo medicamentos que poderiam ser disponibilizados por meio do sistema público de saúde e farmácias populares para que toda a população tenha acesso", destaca o presidente da ABP, Antônio Geraldo da Silva.