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Cotidiano | 17/10/2020 | 04:19

Simone Cândido: ajude a compartilhar informações corretas sobre entrega para adoção

Muitas pessoas ainda desconhecem a maneira correta da entrega legal de crianças para adoção, que é um direito.

Simone Luiz Cândido

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O desconhecimento das mulheres e o medo dos julgamentos faz com que, na hora do desespero, aconteçam abandonos de bebês. Esse tipo de notícia causa muita revolta em algumas pessoas. Infelizmente, a maioria desconhece a maneira correta da entrega legal de crianças para adoção, que é um direito. Há alguns dias li um post sobre isso. Seria uma campanha de entrega, porém, com a orientação para que a pessoa simulasse a data do nascimento para poder registrar o bebê. Essa tal campanha não está de acordo com a lei. Quem pode analisar se uma criança pode ser registrada em nome de outra família, que não é da família biológica, é o juiz. E essas devem ser devidamente habilitadas à adoção na comarca onde residem.

Raquel da Silva Horner
(assistente social da Comarca de Içara):

“O Tribunal de Justiça de Santa Catarina através de suas 111 Comarcas trabalha incansavelmente com a questão de adoções de crianças e adolescentes. No município de Içara contamos com uma profissional no setor que reúne esforços para que as adoções aconteçam de forma célere e transparente. Cabe ressaltar parcerias relevantes nesse contexto, sendo o Grupo de Estudos e Apoio à Adoção de Içara (Geeari), um dos principais colaboradores, que milita nessa seara, e há oito anos presta um trabalho de excelência com relação à adoção no município.

O Geaai trabalha incansavelmente para que mulheres ou gestantes possam fazer a entrega espontânea de seus filhos à Justiça para adoção como alternativa para evitar o abandono das crianças quando as mães não querem, por algum motivo, assumir a maternidade, considerando que tal prática não é crime, que inclusive essa possibilidade está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O referido grupo de apoio existe para evitar riscos a esses bebês, possibilitar que tenham uma nova família e, especialmente, que o procedimento seja feito da forma correta.

Dessa forma, tal parceria é fundamental para a causa e a participação do Geaai nos cursos de preparação de pretendentes à adoção em nossa comarca é de total relevância para o nosso trabalho, sempre buscando aumentar a conscientização da sociedade sobre a questão, principalmente sobre as adoções mais necessárias (crianças mais velhas, com necessidades especiais e inter-raciais, o princípio é seguir o espírito da lei, onde a prioridade é manter a criança na família biológica, enquanto a adoção é o recurso final.”
No Brasil existem mais de 150 grupos de apoio à adoção filiados à Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção. Os GAAS são formados na maioria por iniciativa de pais adotivos, que trabalham voluntariamente para divulgação da nova cultura da adoção: prevenir o abandono; preparar adotantes e acompanhar pais adotivos no pós-adoção; além de auxiliar na reintegração familiar; conscientizar sobre a legitimidade da família adotiva e principalmente auxiliar na busca ativa de famílias para adoção de crianças fora do perfil comumente desejado
pelos adotantes. (crianças de mais idade com necessidades especiais ou inter-raciais).

Esses grupos estão aptos a informar sobre adoção, entrega legal, busca ativa entre outros assuntos pertinentes à adoção. Nós, do Geaai Içara, trabalhamos na comarca de Içara há oito anos informando através de palestras, redes sociais, rádios e imprensa digital e jornais da região. Quando vi esse post equivocado orientei a pessoa que fez sobre como proceder sobre adoção legal até que o conteúdo foi excluído. Infelizmente circulam nas redes sociais essa postagem que não condiz com adoção legal. Nós do Geaai Içara apoiados pela ANGAAD e fizemos uma nova cartilha virtual com informações corretas.

Se por acaso você tiver acesso a um desses posts, oriente a procurar informações em um dos grupos de apoio. Nós do Geaai estamos à disposição pelo Facebook @geaai.icara para mais informações. Você pode ajudar a levar informações corretas sobre adoção legal e definitiva. Além da nova cartilha virtual temos vários vídeos com entrevistas, artigos e materiais. Adoção não é caridade e sim um ato de amor. Nossos filhos apenas chegam até nós de outra maneira. Lutamos por adoções legais e definitivas, lutamos para que as genitoras que desejarem entregar seus filhos para adoção sejam respeitadas em sua decisão. Sejam amparadas durante a gestação e no pós-parto.