Simone Cândido: o que aprendi com a Barbie

Antes da criação da Barbie, as meninas brincavam de bonecas, mas muitas vezes se limitavam a papéis tradicionais de mães ou donas de casa. Então, surge a Barbie, uma boneca que é dona de si mesma e possui várias profissões, mostrando que as mulheres podem ser o que quiserem. No mundo de Barbieland, todas são o que desejam ser e aparentam ser perfeitas.

No entanto, um dia, a Barbie estereotipada começa a notar mudanças em seu corpo, que até então era perfeito. Seus pés mudam, suas pernas têm celulite e ela entra em desespero em busca de uma solução. Alguém sugere que ela procure a "Barbie estranha", uma espécie de guru que pode consertar as bonecas com "defeitos". Essa Barbie estranha possui cabelos cortados e não é perfeita como as outras, refletindo o mundo real, onde meninas cortam os cabelos de suas bonecas.

Barbie, em busca de respostas, decide ir ao mundo real procurar a menina que tem a sua boneca. Acreditando que seria amada como um brinquedo favorito, ela tem uma triste surpresa quando a menina a rejeita. A menina explica que a vida real é diferente, e as meninas não conseguem ser iguais à Barbie. Desapontada, Barbie encontra a criadora da Mattel e confronta o mundo real, onde as mulheres têm menos poder e os homens dominam.

Em sua jornada, Barbie se une a outras Barbies e à "Barbie estranha", promovendo mudanças em Barbieland para que todas voltem a pensar por si mesmas, mostrando a importância da igualdade de gênero e do apoio mútuo. Ela aprende que ninguém é perfeito, e a lição mais valiosa é que ideias são imortais.

O filme é uma crítica ao patriarcado e ressalta a importância da sororidade, mostrando que as mulheres devem apoiar-se mutuamente. Também enfatiza que todas nós somos seres humanos e temos nossas imperfeições, e está tudo bem sentir emoções diversas. O filme nos lembra que tudo o que criamos pode desaparecer, mas nossas ideias permanecerão para sempre.