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Cotidiano | 11/07/2020 | 10:21

Simone Cândido: os desafios da maternidade em meio a pandemia

Confira depoimentos de amigas e mães que assim como nossa blogueira, Simone Cândido, tiveram que adaptar-se

Simone Luiz Cândido

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Muitas de nós tivemos que nos adaptar em meio aos acontecimentos desse ano, Eu, por exemplo, sou mãe de duas meninas de sete e onze anos tarefa nada fácil com todos os cuidados que foram necessários para nos adaptarmos durante a nova realidade do Coronavírus. Hoje trago na minha coluna depoimentos de amigas e mães que assim como eu tiveram que adaptar-se a essa realidade.

“A gestação do meu terceiro filho Gabriel me veio como um presente que Deus enviou para nos fortalecer mais ainda em família. E no meio desse mundo virado de pernas para o ar estamos aqui crescendo. Não têm sido dias fáceis mesmo todos estando bem de saúde, mesmo não faltando nada em casa. Tem sido dias de muitas batalhas internas para conseguir ter paciência e lucidez estudando diariamente toda matéria enviada pela escola com duas crianças, pois já tenho dois meninos o Miguel e o Rafael. Porém tem sido dias em que cada vez mais sabemos com quem podemos realmente contar. Tem sido dias de amor intenso onde aprendemos e reaprendendo a nos respeitar, amar e confiar.” (Luciana Pinheiro Corrêa Divinópolis MG)

“Chamo-me Priscila, sou casada e tenho 37 anos. No dia dez de março de 2020 minha filha caçula Nívea nasceu, e poucos dias após o nascimento dela a pandemia chegou até Criciúma. Desde então estamos em isolamento em casa, meu marido, dois filhos adolescentes Isadora, Pedro Henrique e a nossa bebê atualmente com quatro meses. A chegada do nosso bebê mudou todas as rotinas e prioridades da casa. Hora de dormir, hora de acordar, horários pra banho e refeições. Tornei-me totalmente sem-hora! Eu havia me planejado muito pra esse momento, meses e meses eu passei elaborando regras e ensaios pra que tudo desse certo e meus filhos se orgulhassem de mim, porque "eu era uma mãe genial que dava conta de tudo". Mas, com o passar dos dias, a adversidade foi me moldando, pois tinha que me desdobrar em dar atenção a todos, inclusive para meu marido. Tranquei-me no banheiro em alguns momentos. Chorei de tristeza, de agonia, chorei de frustração, mas as coisas só passaram a se desenrolarem depois que eu decidi me demitir das minhas próprias cobranças. E assim o fiz. Hoje me sinto uma mãe possível, e muito real, coordeno a casa, as atividades home-office a graduação à distância, família e filhos de acordo com as minhas limitações, sem cobranças exageradas, sem desgastes, sem remorso e sem culpa!” (Priscila Rodrigues Vicente Vieira Criciúma S.C.)

“Meu nome é Renata, tenho 30 anos e estou gestando em meio a pandemia. Atualmente estou de oito meses, quando a quarentena começou, estava iniciando meus quatro meses, que já não estavam sendo fáceis devido a um princípio de aborto que tive, fazendo com que eu tivesse que parar todas as minhas atividades no mesmo período. Viver a gestação pela primeira vez e em meio a essa pandemia está sendo uma experiência e tanto. No começo tive muito medo e me isolei em casa. Não pude comprar muitas coisas para o meu bebê, não pude fazer um chá de bebê, não pude receber visitas. Senti-me muito sozinha. Aos poucos fui me adaptando, com a consulta pré-natal que não podia faltar, junto com o medo, a ansiedade e muitos hormônios aflorados. Não foi nada fácil e não está sendo, mas aos poucos tudo foi se acalmando e apesar de ainda estarmos em alerta, estou mais tranquila. Recentemente ganhei uma “charreata” surpresa muito especial, que foi preparado com muito carinho pelas minhas irmãs Daniela e Fernanda. Duas pessoas que me ajudaram muito nessa pandemia, além de minha mãe Maria das Dores. Na charreata pude me sentir um pouco mais abraçada pela família que compareceu em seus carros em frente a minha casa, pude sentir mesmo de longe o carinho e o amor de pessoas especiais e me senti confortada. Graças a Deus, ganhei muitas roupinhas, fraldas e utensílios para o Gabriel e agora faltam poucas coisas. O Gabriel vem no próximo mês, estou ansiosa para sua chegada. Estou pensando positivo para que venha a ser um parto tranquilo, que ele venha saudável, para que possamos aproveitar muito, pois merecemos depois de tantas batalhas vencidas. Agradeço a toda minha família e amigos, meu marido, sogra, cunhada, minhas irmãs e principalmente minha mãe que esteve sempre ao meu lado, em todos os momentos.” (Renata Fernandes Virtuozo Criciúma S.C.)

“Realmente foi desafiador ser mãe nesse momento que estamos, são quatro meses que me tornei mãe. A pandemia surgiu quando minha filha Elisy tinha apenas um mês. Não está sendo fácil, pois têm as vacinas, idas ao pediatra, compromissos que não dá para adiar. Ao mesmo tempo tenho medo, pois o vírus está aí e mesmo nossa cidade tão pequena e cuidadosa teve e temos casos da Covid-19. É difícil ter um bebê e não poder receber visitas sem medo, não poder mostra-la ao mundo, passear! Agora acaba minha licença maternidade e um novo desafio vem! A volta ao trabalho na área da saúde, poderia escolher não voltar, mas preciso, pois quero proporcionar o melhor para ela, mas no outro lado também tem a saúde, mas irei me cuidar me organizar no trabalho e tentar conciliar tudo pedindo a proteção de Deus e compreensão das pessoas ao redor”. (Suelen Luciano Elias Jacinto Machado S.C.)

“Descobri minha gravidez na véspera do natal de 2019 foi um misto de sentimentos inexplicáveis. Em Janeiro de 2020 iniciei o pré-natal, e ansiosa pelo fato de professora de caráter temporário. Consegui 20h no município onde resido fiquei feliz, mas não imaginava que iria trabalhar apenas até março, uma devastadora pandemia iria modificar nossos planos para 2020. No início fiquei assustada, pois estava em torno de 15 semanas de gestação, as aulas foram suspensas após algum tempo iniciamos as aulas remotas. Começaram os sintomas da gravidez o que mais me afetava era o emocional, ter que conseguir ministrar aulas online, onde não tinha prática, pois sou professora de educação física. Percebi que era real e que logo eu seria mãe minha vida mudaria para sempre, agora teria que me preocupar com um vírus que poderia afetar seriamente minha gravidez e meu filho Vicente. Muitas vezes me desesperei, chorei muito e pedi a Deus proteção, aos poucos me acostumei com esse ano turbulento. Cada vez que sentia um novo chute do Vicente tentando me dizer: “-Acorda mãe, iremos conseguir.” Hoje estou de 33 semanas, e bem perto de conhecer meu bem precioso. Algumas gestantes com chá de bebê, totalmente planejado sendo cancelado, mas vindo assim, um novo modelo as Charreatas, emocionante demais! Meus amigos fizeram essa surpresa para mim, foi emocionante demais. Foi e ainda está sendo um período difícil, doloroso, porém de muito aprendizado.“ (Tainá Teixeira Cechinel Jacinto Machado S.C.)

Nós mães não recebemos nossos filhos com manual de instruções somos fortes tentamos nos adaptar ás realidades que nos são apresentadas. Vivemos um dia de cada vez mesmo com medos e preocupações colocamos nosso melhor. Com pandemia ou não, temos uma força sobrenatural quando se trata de sermos as melhores mães para nossos filhos. E que venham os bebês desse tempo tão difícil para todos nós renovando nosso planeta com seres que vieram em meio á tantos obstáculos.