Cotidiano | 18/03/2023 | 09:27
Simone Cândido: reflexões sobre o Livro É Assim que Acaba
Obra trata de relacionamentos abusivos e violência doméstica
Simone Cândido
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Refletindo ainda sobre o mês dedicado a nós, mulheres. Venho ao meu blog trazer minhas considerações sobre o livro que acabei de ler. Foi uma leitura muito significativa, da escritora Collen Hoover, que se chama: É assim que acaba. O livro trata sobre relacionamentos abusivos e violência doméstica.
A personagem principal Lily convive desde a infância com essas situações em sua casa. Por muitas vezes não entende o motivo de sua mãe não agir diferente. Sempre acreditava que sua mãe era uma mulher fraca por nunca ter se divorciado de seu pai. Até que então ela se torna adulta e vive as mesmas situações de maneira bem pior que sua mãe. Sofre por amar seu marido uma paixão avassaladora e atormentada ao mesmo tempo. O que no início era um relacionamento cheio de uma louca paixão, tornou-se seu pesadelo. Sentia amor por Ryle, Mas sofreu vários tipos de violência durante seu casamento.
Lily relembra de uma outra paixão do passado em sua adolescência, Atlas que era pura calmaria e muito amor envolvido. No entanto ela e ele deixam o destino os distanciar. Mesmo ela sendo a pessoa preferida os dois não se veem por longos anos. E nunca esqueceram um do outro.
Passaram-se longos anos Lily já era formada tinha seu negócio próprio e já tinha sua independência financeira.
Lily fica grávida de seu marido Ryle, descobre a gravidez durante um episódio de violência, mesmo estando grávida resolve esperar seus hormônios voltarem ao normal para que possa ter uma decisão que seja a melhor possível.
Lily reencontra Atlas seu amor da juventude ele conhecia a história de seus pais e lhe dá apoio nesse momento para que ela se sinta segura. Ela volta a morar sozinha em seu apartamento tem o apoio da cunhada e amiga. Seu marido diante da situação de violência vai morar fora por um tempo ele é médico foi a trabalho. Quando Ryle volta após três meses descobre a gravidez de Lily. Insiste em ficar com ela. Porém, ela protela a decisão até o nascimento do bebê. O bebê nasce e ela questiona se ele gostaria que alguém maltratasse sua filha. Ele chora e responde que não. Ela pede o divórcio. Assim Lily seguiu, achou que fez o melhor, não repetiu a história de sua mãe.
Algum tempo depois num belo dia reencontra Atlas que lhe diz: “No futuro... Se por algum milagre você achar que é capaz de se apaixonar de novo... se apaixone por mim. Você ainda é a minha pessoa preferida, Lily. E sempre será.”
Lições do livro:
1. Toda mulher merece ser amada e bem tratada. Episódios de violência frequentes podem levar até a morte. Não há amor que resista às dores físicas e psicológicas.
2. Nós mulheres devemos nos impor, não podemos aceitar violência física ou verbal, ofensas também doem profundamente.
3. Nem sempre se encontra rede de apoio para sair de uma situação de violência. (Felizmente a personagem conseguiu apoio necessário para sua decisão) Ela tinha sua independência financeira.
4. Devemos ajudar nossas meninas a serem independentes. Torcendo que sejam felizes sozinhas ou acompanhadas, mas se por acaso um relacionamento não der certo elas terão um plano B e seguirão suas vidas.
5. Mulheres com filhos nem sempre são bem vistas e encontram um novo amor que as entendam. Infelizmente a sociedade ainda culpa as mulheres pelo fim de relacionamentos abusivos, muitos acham que a culpa é sempre da mulher.
6. Todas nós devemos lutar para que sejamos respeitadas e bem tratadas.
7. Nossas filhas merecem viver em um lar com harmonia onde se sintam amadas e protegidas. A formação da personalidade se dá no lar, se existe violência afetará o futuro das meninas.
8. Toda mulher é filha de alguém, nós como pais e mães não desejamos que elas sejam maltratadas.
9. Não devemos mentir sobre nossos sentimentos, podemos perder oportunidades de estarmos com alguém que é nossa pessoa preferida. Muitas vezes por orgulho ferido deixamos ir embora pessoas maravilhosas e depois nos arrependemos. Nem todos terão final feliz como Lily e Atlas.
10. Devemos apoiar umas as outras, não é um casamento religioso que deve prender uma mulher a uma vida de sofrimentos e violências. Deus quer a felicidade de seus filhos, o fato de estar casada no religioso não mudará muitas situações.
11. Lutemos por um mundo com mais amor e respeito às mulheres
É assim que começa; de Collen Hoover será minha próxima leitura.