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Cotidiano | 18/09/2021 | 08:56

Simone Cândido: Setembro Amarelo

Comecemos o fim de semana olhando ao nosso redor

Simone Luiz Cândido

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O Setembro Amarelo começou nos EUA, quando o jovem Mike Emme, de 17 anos, cometeu suicídio, em 1994. Mike era um rapaz muito habilidoso e restaurou um automóvel Mustang 68, pintando-o de amarelo. Por conta disso, ficou conhecido como "Mustang Mike". Seus pais e amigos não perceberam que o jovem tinha sérios problemas psicológicos e não conseguiram evitar sua morte.

No dia do velório, foi feita uma cesta com muitos cartões decorados com fitas amarelas. Dentro deles tinha a mensagem "Se você precisar, peça ajuda.". A iniciativa foi o estopim para um movimento importante de prevenção ao suicídio, pois os cartões chegaram realmente às mãos de pessoas que precisavam de apoio. Em consequência dessa triste história, foi escolhido como símbolo da luta contra o suicídio, o laço amarelo.

Vivendo numa época de pandemia, não podemos descuidar de nossa saúde, seja a parte física ou mental. Muitas pessoas acreditam que buscar ajuda médica ou psicológica é procurar doenças. Outros ainda dizem: "Quem procura acha". O medo de descobrir algum tipo de doença ou algum momento em que seja necessário tratar-se com um psicólogo pode trazer para alguns constrangimentos ou medos. Existem alguns desses medos pelo julgamento que alguns farão.

Quando se descobre uma doença mais difícil de obter a cura, podemos ter momentos difíceis e aí entra a ajuda psicológica que, aliada aos medicamentos e a aceitação do tratamento, podem trazer a cura mais rápida e eficaz. Se cada um de nós mudar esse tipo de pensamento equivocado, de não usar remédios, de não procurar doenças, utilizando outros termos como, por exemplo, prevenção, pois prevenir ainda é o melhor remédio. Poderemos evitar que muitas doenças sorrateiras nos façam perder a vida tão cedo.

Precisamos nos unir quando alguém estiver precisando de um apoio, seja ele uma conversa ou companhia. Não conseguiremos estar com muitas pessoas, nem darmos atenção, para muitas pessoas, mas se aquela mais próxima pode olhar com carinho e amor, tornando suas vidas um pouco melhor. Podemos mudar os pensamentos quando em vez de criticamos as dores alheias lhes oferecermos afeto, e até nossas preces. E se hoje não pudermos estar com alguém ou fazermos algo de concreto podemos lhes dizer hoje eu farei preces por você.

Somos humanos e sentimos dores físicas, mentais as ditas dores da alma, remédios ajudam no tratamento, as feridas da alma necessitam de apoio, se alguém próximo de nós precisarmos de apoio pode indicar o CVV- Centro de Valorização Da vida. No número 188 onde voluntários se dispõem a ouvir a quem precisa com uma palavra amiga com total sigilo. E se esse alguém somos nós podemos mudar nosso conceito de que precisamos sim de apoio.

Em tempos em que a depressão assola crianças, jovens, adultos, idosos vamos nos unir àqueles que amamos. Mudando conceitos sem julgamentos sem críticas, quem tem depressão sabe o significado de suas dores e seus dias sombrios. Nunca devemos dizer não é nada, tem muito sorriso disfarçado dores interiores que não conhecemos.

Comecemos nosso fim de semana olhando ao nosso redor e quem sabe poderemos ajudar alguém, até mesmo a aceitar o tratamento necessário. Assim faremos uma grande corrente de amor ao próximo transformando o mundo em que vivemos.