Cotidiano | 12/12/2022 | 15:54
Sul de SC deve fechar ano com alta no volume de vendas de imóveis residenciais
Aumento entre 8% a 10% ocorre principalmente devido aos níveis C e D
Redação | com informações de NZBT Comunicação
Compartilhar:
Este ano está sendo de grandes desafios para o mercado imobiliário no Sul de Santa Catarina. Os motivos são a alta da inflação e os juros mais elevados, que impactam diretamente em um financiamento, por exemplo. Neste caso, a previsão é que 2022 encerre com leve alta no volume de vendas de imóveis residenciais, em torno de 8% a 10%, em relação a 2021, principalmente nos níveis C e D, impulsionados pelo fim da pandemia do coronavírus.
“Foi um ano de bastante conturbação no contexto nacional. Nós tivemos um cenário político instável, refletindo diretamente na economia, em que as taxas inflacionárias comprometem o poder de compra e a confiança nos negócios de longo prazo, que é caso dos financiamentos imobiliários”, explica o presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais de Santa Catarina (Secovi) do Sul, Hemerson Machado.
De 2021 para 2022, o registro na alta do custo da construção civil foi de 30%. Hoje, por conta da inflação, o Custo Unitário Básico (CUB) está entre 15% e 16% ao ano. “Os novos valores dos insumos refletem no resultado final, pois, a valorização não subiu igualmente com as despesas. Esperamos que a normalização tanto na produção de imóveis quanto nos financiamentos, seja mais favorável ao desenvolvimento do mercado, para que viver um outro momento”, ressalta.
O presidente do Secovi/Sul ainda destaca que após o período eleitoral, a perspectiva era de melhora e normalização do mercado imobiliário, mas isso não se concretizou. “Novamente a instabilidade política interfere no momento econômico e adiamos o processo de evolução do setor para 2023, onde esperamos definições concretas e estáveis para os investidores e empreendedores da área de imóveis”, diz.
Níveis C e D
Os níveis C e D se enquadram nos imóveis do Casa Verde Amarela, antigo Minha Casa Minha Vida. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) utiliza a renda mensal de todos os residentes da mesma casa para elencar dos à classe social de cada um. “Ou seja, aqui nos referimos a um padrão de valor mais baixo do mercado residencial”, explica Hemerson