Taise Domiciano: Você vive em um círculo vicioso que exime a criatividade?

Ser criativo é um ato de coragem. É como dizer: eu estou disposto a me arriscar, a me expor ao ridículo e ao fracasso, para poder experimentar algo novo. Todas as pessoas estão abarrotadas de ideias, concepções, mas temem a ideia de expressá-las.

Sabe por que isso ocorre? Porque à medida que ficamos adultos, fomos colocados dentro de formas, para que todos nós tivéssemos os mesmos padrões. Estude na escola padrão, arrume um emprego padrão para ganhar um salário padrão, para ter uma casa padrão, para comprar o carro padrão e viver a vida padrão que todo mundo deve ter.

Sair fora do padrão é estranho. É sinônimo de rejeição social, é sinônimo de julgamento e para as pessoas isso é tido como ruim, de tal forma que todos querem seguir o padrão. Mas eu me pergunto, será que no fundo querem mesmo? Ou temos medo de fazer aquilo que verdadeiramente gostaríamos?

Quem faz música, esculpi, pinta, dança, corre riscos e decide seguir um caminho diferente das pessoas comuns. Elas saem fora da manada, ousam, se expressam e se arriscam soltando ao mundo sua verdade, sem máscaras, sem armadura... É a própria alma tentando se comunicar. É seu verdadeiro “eu” fazendo o que lhe motiva fielmente.

Lá fora há muito julgamento. A Internet coloca na palma da nossa mão o conhecimento, mas também armas que começaram a ser usadas contra a nossa própria espécie. Há pessoas que esconderam quem são de verdade ou quem gostariam de ser, não conseguem se expressar, tem medo da rejeição, mas o mais incrível, é que muitas dessas pessoas fazem com outras pessoas aquilo de que elas têm mais temor, julgar e ser julgado.

Eu preciso te dizer, que na verdade todos nós somos seres criativos, nascemos com a bateria cheia de criatividade, mas como toda bateria, é necessário recarregá-la. Entretanto, poucas pessoas ousam fazer isso e deixam de lado uma habilidade tão necessária, aquela que faz de nós seres realmente humanos e nos diferencia das máquinas que apenas seguem um padrão.

E você, vai continuar seguindo o padrão ou vai se arriscar a ser um ser humano?