Cotidiano | 21/12/2012 | 07:49
Temporal provoca estragos na região
Especial de Amanda Tesman, do Jornal da Manhã
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Rápido, forte e destruidor. Assim pode ser definido o temporal da tarde desta última quinta-feira, dia 20. A região da Grande Próspera, em Criciúma, foi a que mais contabilizou prejuízos. Por diversos pontos do bairro, placas e árvores caíram em via pública e terrenos, casas foram destelhadas e empreendimentos comerciais danificados.
“Quando vi, estava tudo voando. O susto foi enorme, pois o vento era muito forte, muito parecido com um tufão. O vento arrancou a minha tenda, que foi arrastada e bateu em dois carros que estavam estacionados. Ela foi parar do outro lado da Avenida Centenário, junto com os colchões, cama e berço que estavam à venda”, relata o vendedor Luiz Fernando Fernandes.
Ele trabalhava no estande dos colchões Ortobon, localizado ao lado do posto Dário, bem em frente à Praça da Chaminé. “Foi tudo muito rápido. Não deu tempo de recolher nada. Foi em uma fração de segundos. Quando vi a tormenta se armando, pensei que seria somente chuva, mas junto com ela veio o vento forte. Corri para me proteger dentro do posto”, conta. O prejuízo ultrapassa os R$ 30 mil.
Um pouco mais à frente, nas proximidades do terminal de ônibus, estragos também foram causados no posto São Pedro. O gerente, Mauro Oselame, observa que a estrutura já resistiu a muitos ventos fortes, mas que o de ontem foi superior aos outros. “Foi impressionante. Muito forte mesmo. Parecia um tornado”, informa, acrescentando que durante o sinistro só pensou em proteger os funcionários. O valor do prejuízo não foi contabilizado.
A Le Monde Citroën, localizada na avenida Gabriel Zanete, também ficou bastante danificada. “Por conta da pressão, um dos funcionários foi jogado para frente com o estouro do vidro”, comenta a gerente, Talita Coral. Parte da estrutura de ferro foi parar atrás da oficina. A água tomou conta de parte da loja. Dois funcionários sofreram pequenos ferimentos e três carros do showroom foram danificados. “Foi questão de segundos. Quando vi, os vidros estavam estourando. A única reação que tive foi orientar que todos se escondessem. Se durasse por mais tempo, o estrago seria bem maior”, avalia.
Estragos também foram registrados na Havan, que fica em anexo ao Criciúma Shopping. O estabelecimento precisou ser fechado, em razão do destelhamento parcial e vazamento de água nas luminárias. O Centro Social Urbano teve parte do telhado danificado. Os estragos foram registrados ainda no Parque das Nações, onde lixeiras e as telhas da Central do Trem foram levadas pelo vento. Uma imobiliária próxima ao parque foi completamente destruída.
A Coopermetal também foi atingida pelo sinistro. Um galpão da cooperativa ficou completamente destruído. No local, segundo o presidente, Antônio Carlos Leandro, o Tonhão, funcionam as máquinas mais caras do empreendimento. Cerca de 20 pessoas trabalhavam no local na hora do temporal. Um funcionário deixou o posto de trabalho minutos antes da parede cair. “Quando ele viu a primeira telha cair, ele saiu correndo para se proteger. Se tivesse ficado, teria se machucado”, relata Tonhão. Nos outros pontos da cooperativa, muito mais estragos. O prejuízo, de acordo com o presidente, gira em torno de R$ 500 mil.
Por conta do temporal, faltou luz na cidade. Os semáforos pararam de funcionar. A Autarquia de Segurança, Trânsito e Transporte de Criciúma (ASTC) orientou os motoristas. O trânsito ficou lento, principalmente nos cruzamentos.
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