Cotidiano | 27/10/2014 | 13:37
Teste do Pezinho combate doença falciforme
com informações de Ana Paula Bandeira, do Governo de SC
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Estima-se que 200 mil pessoas por ano nasçam com traço falciforme e outras 3,5 mil tenham anemia falciforme no Brasil. Por isso, no Dia da Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme [27 de outubro], a Secretaria de Estado da Saúde chama atenção para o diagnóstico precoce feito pelo Programa de Triagem Neonatal (Teste do Pezinho) aliado aos cuidados multiprofissionais. Esses fatores reduzem significativamente a morbidade e a mortalidade decorrentes da doença.
A data, instituída pela Lei Federal 12.104/2009 é considerada um passo fundamental de incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento de campanhas de educação sobre o problema. Em Santa Catarina, segundo dados publicados pelo Ministério da Saúde (MS), a incidência de traço falciforme diagnosticado pelo teste de triagem neonatal é de um para cada 65 nascidos vivos. E o da doença falciforme é de cerca de um para cada 13,5 mil nascidos vivos.
A doença afeta principalmente pessoas de etnia negra. Cerca de um em cada oito afro-brasileiros tem o chamado traço falcêmico. A anemia falciforme se caracteriza por uma alteração nos glóbulos vermelhos que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice (daí o nome falciforme) e endurecem dificultando a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos.
Os principais sintomas são dor forte provocada pelo bloqueio do fluxo sanguíneo e pela falta de oxigenação nos tecidos, dores articulares, fadiga intensa, palidez e icterícia (cor amarelada na pele, mucosas e olhos), atraso no crescimento, feridas nas pernas, tendência a infecções, cálculos biliares, problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais e priapismo. O diagnóstico é feito através de testes hematológicos e estudo da hemoglobina.