Cotidiano | 08/02/2012 | 19:43
Tire dúvidas sobre a fase da mentira
Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com
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O crescimento infantil pressupõe uma série de lições. Uma delas é sobre a mentira. A falta de discernimento entre o que é real e o que é fantasia ocorre entre os quatro e seis anos de idade. Com o processo de aprendizado, contudo, tende a sumir. Já no caso de persistir, poderá resultar então em problemas sociais por conta de princípios morais incompatíveis ao que é cobrado pela ética.
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“As crianças maiores de sete anos já possuem noção do certo e do errado. Neste caso, a mentira se torna intencional. Pode ser desencadeada para chamar a atenção, por medo de repreensões, quando não sabem enfrentar criticas, para se promover, impotência diante de alguma situação ou para fugir de responsabilidades”, lista a psicóloga Maria Isabel da Silva Custódio.
Também de acordo com a profissional, o comportamento das pessoas mais próximas pesa no desenvolvimento da criança. “Os pais são os espelhos para os filhos, ou seja, todas as atitudes dos pais os filhos geralmente irão copiar. Isto vale tanto as boas ações quanto as ruins. Ao verem os pais mentir, podem acreditar que este comportamento é natural”, avalia.
E como fazer a criança perceber que mentir é errado? Para os menores de seis anos, uma dica é mostrar o que é real e o que é fantasia através das histórias infantis. “Já aos maiores de sete anos é interessante revelar os benefícios da verdade, afinal, a mentira tem prazo de validade. Fazer com que a criança sinta admiração ao contar a verdade também faz com que ela repita este comportamento”, argumenta a psicóloga.
O processo menos adequado é o xingamento. Chamar a criança de mentirosa, por exemplo, pode fazer com que ela internalize este processo. “Já conversar, escutar, compreender e mostrar os benefícios da verdade faz com que a criança sinta-se segura para falar a real situação aos pais ou professores, sem temer repreensões ou outros comportamentos que faça a criança mentir”, pontua.