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Cotidiano | 30/03/2022 | 01:00

Transtorno Bipolar: da euforia a depressão, entenda melhor como tratar

Aproximadamente 140 milhões de pessoas no mundo tem esse transtorno

Redação | com informações da Unesc

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Marcado por alterações de humor, que oscilam entre episódios de depressão e hipomania e ou mania, o Transtorno Bipolar acomete entre 1% a 2% de pessoas em todo o mundo, o equivalente a 140 milhões de pessoas, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), e é um dos transtornos mentais mais graves existentes. Para chamar atenção ao tema, essa quarta-feira, dia 30, é dedicada a importância do diagnóstico e tratamento.

Conforme a doutora Samira Valvassori, coordenadora do Grupo de Pesquisa em Transtorno Bipolar do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Unesc, tanto homens quanto mulheres podem manifestar esse problema, especialmente na virada da adolescência para a idade adulta com gatilhos ou primeiros episódios. Conforme ela, o transtorno é caracterizado por mudanças importantes no humor nas quais o paciente experimenta oscilações de humor, que giram em torno de episódios de mania e depressão.

A mania se caracteriza pela euforia, hiperatividade, grandiosidade, por gastos excessivos e por comportamentos de risco. Já a depressão se caracteriza pela falta de prazer, tristeza profunda, perda de sono e outros sintomas. “É importante ressaltar que para marcar o diagnóstico, essas alterações de humor precisam ser importantes o suficiente para prejudicar a vida social do indivíduo, o trabalho ou o convívio familiar”, ressalta.

Segundo Samira, a causa exata do transtorno bipolar não é conhecida. O que se tem são hipóteses. “Acredita-se que o desenvolvimento dessa condição médica seja influenciado por uma combinação de fatores, como genética, hábitos de vida e meio ambiente. Entretanto, supõe-se também que nem toda a pessoa que tem o substrato genético vá desenvolver a condição e que o meio ambiente vá contribuir para o desenvolvimento”, analisa.

O diagnóstico é feito por meio de entrevista clínica com psiquiatra e o tratamento conta com medicamentos que atuam como estabilizadores do humor, impedindo que haja novos episódios de humor. O tratamento deve também contar com terapia com psicólogo que, dentre outras coisas, ajuda o paciente a entender quando terá novos episódios de humor, como funcionam as medicações e a importância do tratamento.

Além do tratamento com psiquiatra e psicólogo, profissionais da área da Educação Física e Nutrição também devem ser incluídos na equipe multiprofissional para o tratamento do Transtorno Bipolar. Estudos mostram que mudanças no estilo de vida, como o fim do consumo de substâncias psicoativas, como cafeína, anfetaminas, álcool e drogas, o desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação e de sono e a redução dos níveis de estresse ajudam substancialmente no tratamento.