Cotidiano | 27/01/2011 | 22:06
Uma nova visão dada pela doação
Lucas Lemos com informações de Taize Pizoni (HSJ)
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O abrir dos olhos de Enekon Eneuse Kautzmann foi diferente na noite desta quinta-feira, dia 27. E, nos próximos dias, ele ainda notará diferenças no cotidiano. O Sol, por exemplo, não deverá mais o cegar. A mudança na visão do morador de Içara é reflexo do transplante de córneas que fez. No Hospital São José, em Criciúma, foram três anos sem a realização deste processo. Enekon, de 70 anos, é o segundo paciente a ser atendido após a retomada da atividade cirúrgica na instituição em 2011.
A substituição da córnea problemática por uma mais saudável, porém, ainda tem uma longa fila de espera. Conforme o oftalmologista Marcos Pizzolatti, atualmente 37 pacientes aguardam a mesma oportunidade. “A previsão é de que uma grande quantidade de transplantes ocorra nos próximos meses”, vislumbra o cirurgião. Para isso, doações são essenciais.
Além disso, o empenho de toda uma equipe é necessário. Sem um Banco de Olhos implantado até agora na região, o fornecimento das córneas depende de São José e Joinville. A distância significa a utilização de transporte rodoviário e também uma série de trâmites.