Cotidiano | 26/02/2011 | 13:50
Valores repassados para um futuro melhor
Especial de Joana Koscianski, do Jornal do Rincão
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Mais importante que preocupar-se em recuperar os jovens dos erros cometidos é promover ações que incutam nas crianças a noção de valores. Pensando nisso, um grupo de pessoas do Balneário Rincão iniciou no último ano um projeto que dá aos pais mais confiança de educação para os filhos. E, às crianças, uma oportunidades de aprender na prática um pouco mais sobre convivência social.
O grupo composto por crianças e adolescentes de 8 a 16 anos realiza um trabalho semelhante ao dos escoteiros, com pelotão dos Guerreiros do Rei e Aspirantes, crianças que estão iniciando no projeto. Atualmente são 11 formandos e dois monitores que ganham a responsabilidade de acompanhar os menores em dias de atividades. As atividades de saída a campo são realizadas apenas nos finais de semana, pois os líderes trabalham durante a semana e as crianças frequentam a escola. Para participar das atividades do projeto basta ter essa faixa de idade e muita vontade de aprender.
A iniciativa veio de uma entidade religiosa que tem como objetivo lapidar o caráter dos pequenos. Ao aceitar crianças e adolescentes de todas as religiões e credos, tem com isso aumentado o número de participantes. A líder do grupo, Laís Recco do Nascimento, conta que começou com 15 crianças e que quatro desistiram. “Mas as 11 que ficaram, segundo os pais, melhoraram em muito o comportamento em casa, na escola e estão mais abertas ao diálogo”, destaca.
“A gente percebe que elas aprendem a conviver em grupo”, observa a mãe de um aspirante, Tatiane Moraes. Integrante do pelotão Guerreiros do Rei, para Inaiara Francisco, de 12 anos, é muito bom ter essa oportunidade. Ela conta que ao sair para os acampamentos eles têm instruções para competir sem ultrapassar os limites. “É muito bom participar das palestras sobre assuntos que interessa a gente, de competições que ensinam muita coisa pra nós”, relata a menina.
De acordo com Laís, o começo do projeto foi difícil. “As pessoas confundem o nosso trabalho com a religião que praticamos, mas a única coisa que queremos é ajudar as famílias e ensinar às crianças a importância da disciplina, do amor e do respeito ao próximo para tornar a vida delas melhor”, comenta. Ela ainda relata que, para que as atividades sejam realizadas, é preciso muito empenho.
Atualmente, parte dos recursos é disponibilizada pela igreja. Outra parte é conseguida com alguns comerciantes que auxiliam no custeio de um local, transporte e a comida para as crianças nos dias de acampamento. “Nesta temporada alugamos uma casa aqui, porém o espaço é pequeno, mas ainda neste ano pretendemos mudar para um local maior com uma ampla área para dar mais comodidade aos pequenos”, adianta.
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