Agricultores profissionalizam atividade no campo

Em Içara, 2 mil famílias ainda permanecem no campo, e da terra, tiram o sustento e garantem, por exemplo, a qualidade da merenda escolar. Clodoaldo Monsani, da comunidade de Sanga Funda, é produtor de leite e há cinco anos escoa a produção para laticínios. Ele recebe, por meio da Secretaria de Agricultura de Içara, assessoria técnica de um médico veterinário e um engenheiro agrônomo. Entre os benefícios oferecidos estão horas-máquina. A ação faz parte do projeto “Meu caminho melhor” destinado a auxiliar no escoamento da produção.

“Com o apoio técnico do Programa Pró-leite incrementamos a produção e melhoramos a qualidade. Além disso, recebemos muitas informações e capacitações para implantar novas tecnologias, usar adequadamente o solo e ainda para melhorar a infraestrutura da propriedade e manejo do rebanho”, explica Monsani. “Os programas que oferecemos em apoio ao agricultor são também uma forma de auxiliá-los para que permaneçam em suas propriedades", destaca o secretário municipal de Agricultura, Valdelir Da Rolt.

A agricultora Joicy Gomes Budny, que reside com a família em Santa Cruz, produz tomates grape, morangos, abacates e feno. A produção em série é vendida a diversos supermercados da região. “Com dedicação e amor, é possível levar nossos produtos para muitas mesas. Ser agricultora é uma profissão muito gratificante”, diz. Uma novidade para este ano é a venda em vasos, dando a liberdade de cultivar a fruta dentro de apartamentos, casas e jardins. “É também uma forma de aproximar o consumidor do dia a dia dos agricultores”, ressalta.

“Muitas famílias içarenses vivem exclusivamente dessa atividade. Elas recebem o apoio necessário para comercializar seus produtos com a Feira Fixa, próxima à rodoviária, e também se organizam em associações e cooperativas, como a Copafi. Além disso, tem apoio técnico caso desejem expandir e comercializar seus produtos por meio de agroindústrias”, coloca o prefeito Murialdo Canto Gastaldon. “Queremos que o agricultor se mantenha com dignidade no campo”, coloca o engenheiro agrônomo da Epagri, Luis Fernando Burigo Coan.