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Economia | 23/09/2020 | 07:16

Andreia Limas: A arte de empreender mesmo na crise

Problemas gerados pela Covid-19 serviram como um estímulo para empreender, fechar novos negócios e seguir se desenvolvendo

Andreia Limas

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Na semana passada, tratamos neste espaço sobre os números da economia em Santa Catarina durante o mês de julho, com altas na indústria, no comércio e nos serviços, ressaltando o pouco – para não dizer o quase nada – de apoio do Governo do Estado para que isso ocorresse.

Sem o empurrão governamental, o desempenho pode ser explicado pela resiliência e o espírito empreendedor catarinense, que já fazia de Santa Catarina um destaque na economia brasileira, superando estados maiores em tamanho e número de habitantes, muito antes da pandemia de coronovarírus.

A crise de saúde pública exigiu novas posturas, alternativas diferenciadas, ideias inovadoras e quem melhor conseguiu se adaptar às mudanças saiu na frente no processo de retomada econômica. Na prática, para os catarinenses, os inúmeros problemas gerados pela Covid-19 serviram como um estímulo para empreender, fechar novos negócios e seguir se desenvolvendo.

Números

Prova disso está no número de empresas abertas este ano, apesar de todas as turbulências e incertezas. Com saldo superior ao registrado no mesmo período do ano passado, Santa Catarina já alcançou em 2020 a marca de 100 mil novas empresas, sendo que 65 mil foram constituídas durante a pandemia, segundo dados da Junta Comercial do Estado.

Do início do ano até 31 de julho, foram contabilizados 557 empreendimentos estabelecidos em terras catarinenses, enquanto 322 deixaram o Estado, o que representa um saldo de 235 novas empresas que escolheram o nosso cenário econômico para empreender.

Já no mesmo período de 2019, foram 528 empresas transferidas para Santa Catarina, enquanto 298 saíram desta unidade da federação, proporcionando um saldo positivo de 230 novas empresas. A diferença mostra que, apesar de toda a insegurança gerada pela pandemia da Covid-19, a economia catarinense é reconhecidamente pujante e atrai investidores confiantes na continuidade da retomada econômica.

Empregos

Ter mais empresas funcionando significa gerar mais empregos, como mostram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Após perdas de postos de trabalho em abril e maio, o saldo entre admissões e desligamentos voltou a ficar positivo em junho no Estado, chegando a 13.345 contratações a mais que demissões em julho.

Os dados de agosto ainda não saíram, mas há outros indicadores que podem ser considerados. Esta semana começou com o Sistema Nacional do Emprego (Sine/SC) registrando 4.005 vagas de emprego disponíveis em Santa Catarina. Boa parte delas oferecidas pela indústria, um dos setores que mais promoveu demissões devido à pandemia.

Agricultura

Outro setor que segue em franco desenvolvimento no Estado é o agronegócio, mesmo com a estiagem prolongada e, claro, a pandemia de coronavírus. A Epagri estima crescimento nas principais culturas agrícolas de Santa Catarina na comparação com o ciclo 2019/20: arroz, soja, milho, feijão, hortaliças, frutas e fumo. A safra de verão vai encontrar o mercado interno aquecido e provavelmente o dólar em alta, o que favorece as exportações.

Comércio

O comércio ainda deve levar um bom tempo para se recuperar das perdas de faturamento acumuladas ao longo da pandemia. Por isso mesmo, as atenções voltam-se às datas comemorativas, principalmente, a mais importante do ano: o Natal. Em Içara, o planejamento do período natalino já começou, com a Câmara de Dirigentes Lojistas reunindo representantes da Fundação Cultural, secretarias de Educação e Desenvolvimento Econômico, além do setor de Fomento às Atividades Inclusivas, para alinhar ações que poderão ser realizadas em dezembro. A maior preocupação é estar ainda sob restrições de funcionamento e limitação de público em eventuais eventos.

Adiamento

Diante do número reduzido de colaboradores no comércio, com os afastamentos durante a pandemia, e também por causa do impacto causado pelo coronavírus no faturamento das empresas, o Sindicato dos Comerciantes Varejistas e Atacadistas de Içara, Morro da Fumaça e Balneário Rincão emitiu uma solicitação formal a parlamentares e governantes catarinenses para o adiamento da exigência de entrega do Bloco X. O pedido é para que a prorrogação ocorra até junho de 2021.

O Bloco X consiste no envio de arquivos gerados automaticamente pelo Programa Aplicativo Fiscal do Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) para a base de dados da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF/SC), para o acompanhamento mais efetivo e fiscalização das transações. O prazo inicial para a obrigatoriedade no envio dos arquivos já sofreu uma readequação, para 1º de outubro.