Andréia Limas: A importância de pensar no desenvolvimento econômico

Passadas as eleições, é hora de enrolar as bandeiras partidárias e hastear a bandeira do município. Deixar de lado as diferenças políticas e concentrar esforços no desenvolvimento, principalmente, econômico.

Quanto mais empresas na cidade, mais qualidade de vida, pois mais empregos levam a uma alimentação melhor, habitação melhor e acesso a melhores serviços de saúde, educação e lazer.

Uma movimentação econômica maior também rende mais arrecadação para os cofres municipais e, por consequência, maior possibilidade de investimentos em obras e serviços.

Daí a importância da união de forças, entre comunidade, entidades e gestores públicos. Ao colocar o desenvolvimento do município em primeiro plano, não há mais lugar para picuinhas.

Contribuição

A classe empresarial já levantou os pleitos e apresentou as demandas aos então candidatos, mas é preciso ampliar essa contribuição à medida em que a nova gestão se desenrolar. A comunidade também precisa estar presente, participando das discussões que envolvem as ações públicas. Além disso, os vereadores devem trabalhar em conjunto com o Executivo para aprovar projetos de interesse da municipalidade, tenha ou não o prefeito a maioria na Câmara. Engessar a administração por conta de diferenças político-partidárias em nada ajuda a cidade.

Recuperação

Com o fim das eleições – pelo menos por aqui, onde não há segundo turno – as atenções voltam-se novamente para a recuperação econômica. Os índices vinham bem, mas com o fantasma de uma nova onda de Covid-19 e a possibilidade de manter/estender as restrições, a economia catarinense pode sofrer uma nova queda e fechar o ano em baixa. Outro fator que pode interferir na economia, mesmo que não se saiba se positiva ou negativamente, é o impeachment do governador afastado Carlos Moisés da Silva. A decisão se ele será ou não cassado, no primeiro processo em andamento, está marcada para o próximo dia 27. E ainda há um segundo processo em curso, envolvendo a compra dos respiradores superfaturados que nunca foram entregues.

Black Friday

Nos Estados Unidos, a Black Friday é o principal evento de vendas do período natalino. Por aqui, a promoção ainda não chegou a esse patamar, mas vem se consolidando a cada ano, devido à grande adesão dos estabelecimentos e dos consumidores, é claro. Neste ano, entretanto, tanto lá quanto cá ninguém sabe qual será a tendência. Haverá mais compras porque os consumidores conseguiram guardar uma reserva financeira por conta da pandemia? Ou o consumo será freado justamente porque não se sabe como a situação vai evoluir, se para o aumento ou diminuição dos casos de coronavírus?

Comércio eletrônico

Por outro lado, ninguém duvida do aquecimento do comércio eletrônico, tanto para a Black Friday quanto para o período natalino, impulsionado pela pandemia. Se as gigantes do varejo on-line vão continuar faturando alto, até as pequenas lojas poderão ser beneficiadas pelo momento, desde que tenham apostado no e-commerce, um fenômeno potencializado pela crise do coronavírus. As restrições impostas pela quarentena levaram muitas empresas a finalmente migrar para este canal de vendas, agregando a alternativa aos seus serviços mesmo quando o pior já parecia ter passado.

Ações

De qualquer forma, várias ações foram deflagradas para garantir as vendas na Black Friday, como estender a promoção durante todo o mês de novembro – e não apenas na última sexta-feira do mês como habitualmente. Em Içara, os comerciantes estão oferecendo mais do que descontos especiais. Quem comprar no comércio local receberá cupons para o sorteio de duas motos CG 2.0 Start. A data promocional, no dia 27 de novembro, representará a largada oficial da campanha Acelere com o Comércio de Içara. E até o Natal ainda será possível acumular chances de concorrer a cada R$ 50 em compras nas lojas associadas à Câmara de Dirigentes Lojistas.

Papai Noel virtual

Este ano, o comércio terá que ser ainda mais criativo para atrair os clientes, seja a suas lojas físicas ou on-line. Voltando aos Estados Unidos, a Macy’s, uma grande rede de lojas de departamento, anunciou no mês passado que o Papai Noel não estará em sua unidade de Nova York recebendo as crianças em 2020, quebrando uma tradição de 160 anos. Outros varejistas seguirão o mesmo caminho, evitando aglomerações e o risco de contágio pela Covid-19. Mas isso não significa que todos os eventos natalinos serão deixados de lado. Em vez disso, o comércio trata de buscar alternativas como, por exemplo, oferecer visitas virtuais ao Papai Noel. E por aqui, quais novidades teremos?