Andreia Limas: Foi dada a largada para o Natal

Embora a Black Friday tenha servido como um esquenta para a época mais esperada do ano, o período natalino só começa oficialmente quando o comércio passa a atender em horário estendido, o que na maioria das cidades já ocorre nesta semana, incluindo Içara.

De olho na movimentação extra, impulsionada pela entrada do 13º e a chegada do quinto dia útil do mês, as lojas abrirão inicialmente até as 20 horas; no sábado, até as 17 horas; e no domingo o funcionamento ocorrerá das 17 às 22 horas.

Mas como já faz parte da cultura brasileira deixar as compras para a última hora, nas semanas seguintes o comércio estenderá o atendimento até as 22 horas, além de repetir o horário especial no sábado e no domingo (dias 18 e 19).

Otimismo

Com a recuperação do setor mostrada durante o ano, o avanço da vacinação contra a covid e a diminuição de casos da doença refletindo positivamente sobre a economia como um todo, o cenário entre os lojistas é de otimismo.

E isso é demonstrado pela grande ação de Natal promovida em Içara, juntando a Administração Municipal, Câmara de Dirigentes Lojistas e Ilumina Içara, a empresa responsável pela iluminação pública no município. O nome, Natal da Superação, não poderia ser mais adequado para resumir o momento.

No Estado

Levantamento realizado pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC) revela que 38,9% dos entrevistados têm expectativa de aumento nas vendas acima de 5% para o Natal 2021, em relação ao mesmo período do ano passado. Entre os empresários ouvidos, a mostra aponta que os lojistas projetam o tíquete médio em R$ 168.

“O Natal é uma data muito tradicional, que reúne a família e desperta a vontade da troca de presentes. Um otimismo toma conta dos lojistas, que aguardam com ansiedade essa data para recuperar as perdas do ano passado”, projeta o presidente da FCDL/SC, Ivan Roberto Tauffer. A pesquisa envolveu empresas associadas que atuam no varejo em 20 cidades catarinenses com o maior potencial de consumo.

“Com parcela considerável da população imunizada e a reaberturas das atividades econômicas, o final deste ano e início do próximo trazem expectativas positivas para o comércio, principalmente, se compararmos com o cenário do ano anterior”, avalia por sua vez o vice-presidente da Fecomércio SC, Emilio Schramm.

Preferência

Os produtos mais procurados para a grande data do varejo, de acordo com a pesquisa da FCDL, serão roupas e calçados (37,1%), brinquedos (18,2%) e eletroeletrônicos (13,9%). Na hora do pagamento, o cartão de crédito estará na preferência de 52,1% dos clientes, enquanto o pagamento à vista no cartão de débito aparece com 15%.

As roupas (35,6%), brinquedos (22,8%) e calçados (15,7%) também estão no topo da lista de presentes dos entrevistados pela Fecomércio sobre a data. A intenção de compra à vista em dinheiro foi a forma de pagamento mais lembrada (46,1%), à frendo do cartão de débito (17,6%) e cartão de crédito (13,3%), porém recuou 6,1 pontos percentuais em relação a 2020.

Cautela

Dados apurados pela Fecomércio também apontam que os consumidores estão mais cautelosos – oito em cada dez catarinenses pretendem evitar compras grandes nos próximos meses. Além disso, o preço (39,4%) será determinante na escolha do estabelecimento.

A pretensão de utilizar o 13º para compras de Natal também vem recuando. Segundo levantamento da entidade, 10,5% devem dar esse destino ao dinheiro, enquanto a maioria informou que pretende utilizar a renda extra para economizar (33,7%) e pagar dívidas (33,5%).

Compra presencial

A pesquisa da Fecomércio confirma uma tendência dos catarinenses por realizar as compras em lojas físicas (80,7%), mas a participação caiu bastante em relação a 2019 (91,2%), período pré-pandemia. O comércio de rua (56,0%) deve ser o principal destino de compras dos consumidores, no entanto, a internet avançou e já representa 17,3% da preferência, alta em relação a 2020 (16%) e 2019 (5,4%).

Black Friday

Em relação à Black Friday, o levantamento realizado pela FCDL/SC revelou que o crescimento nas vendas foi de 4,32% em relação ao ano anterior, abaixo do previsto. De acordo com a entidade, o resultado reflete a forte pressão inflacionária, dólar em alta e menor renda da população. As vendas de eletrônicos, celulares e móveis não foram tão expressivas, pois esses produtos foram adquiridos durante a pandemia, no trabalho em home office.