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Economia | 30/03/2022 | 10:33

Andreia Limas: O que nos dizem os números do Caged?

Ainda faltam 146 empregos para Içara recuperar as 321 vagas perdidas entre dezembro e janeiro

Andreia Limas - andreia.limas@canalicara.com

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O Ministério do Trabalho e Previdência divulgou nessa terça-feira, dia 29, os dados de fevereiro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) e os números mostram que, pelo menos no momento, Içara perdeu o posto entre as protagonistas na geração de empregos com carteira assinada em Santa Catarina.

A cidade, que até o ano passado figurava entre as 20 do Estado que mais abriam vagas no mercado formal, por enquanto é a sexta entre os municípios que compõem a Região Carbonífera, mesmo conseguindo em fevereiro o segundo melhor desempenho regional, com saldo positivo de 175 empregos.

Perdas

Mesmo com esse desempenho, ainda faltam 146 empregos para Içara recuperar as 321 vagas perdidas entre dezembro e janeiro. Como já era projetado, por conta da dispensa dos temporários contratados para o final do ano, houve redução de 282 vagas em dezembro: 170 na indústria, 67 no setor de serviços, 32 no comércio e 13 na construção, já considerados os ajustes. A agropecuária manteve-se estável.

Em janeiro, foram fechados mais 39 postos de trabalho formal, com as perdas de 54 na indústria e de 45 no comércio compensadas em parte pelo saldo positivo de seis na agropecuária, de 22 na construção e de 32 nos serviços.

Comparação

Ao contrário deste ano, em 2021 o município teve saldo positivo em janeiro, desempenho que se manteve até dezembro, quando a série foi quebrada. Ao todo, foram 1,7 mil novas vagas geradas no ano passado, já considerados os ajustes.

Por outro lado, este ano, além do melhor desempenho em comparação aos meses anteriores, Içara registra aumento de 53,51% na geração de empregos formalizados em relação a fevereiro de 2021, quando o município adicionou 114 novas vagas.

Ao longo do mês passado, foram 1.276 contratações, contra 1.101 desligamentos realizados por empresas içarenses, com saldo positivo de 105 empregos no setor de serviços, de 44 na construção, de 24 no comércio e de sete na indústria. Apenas a agropecuária acumulou perda de cinco vagas no período.

Estoque

Em relação ao estoque de empregos, ou seja, o número total de postos formalizados, Içara segue na segunda posição regional, com 19.881 vagas, o equivalente a 34,25% da população, estimada em 58.055 habitantes pelo IBGE. Está atrás apenas de Criciúma, que tem 71.614 empregos formais para uma população de 219.393 habitantes (32,64%).

Região Carbonífera

Apesar da melhora nos números, Içara ainda ocupa a sexta posição entre os munícipios que mais contribuíram para o crescimento do mercado de trabalho formal na Região Carbonífera no primeiro bimestre do ano. Com 136 vagas, está atrás de Criciúma (1.019), Forquilhinha (231), Nova Veneza (192), Orleans (167) e Morro da Fumaça (157).

Considerando os 12 municípios que compõem a região, foram 1.952 novos empregos formalizados adicionados nos dois primeiros meses do ano, sendo 1.563 deles em fevereiro. O desempenho representa um aumento de 3,92% em relação ao saldo de 1.504 empregos acrescentados no mesmo mês de 2021. Já em comparação a janeiro de 2022, quando houve o acréscimo de 389 vagas na região, a variação é de 301,80%.

No acumulado do ano, apenas Urussanga (-76) e Siderópolis (-1) mantêm saldo negativo.

Setores

Na região, a geração de empregos em fevereiro foi puxada pelo setor de serviços, que acrescentou 1.020 vagas ao longo do mês. A indústria foi responsável por mais 540 novos postos de trabalho formalizados, enquanto a construção contribuiu com mais 103. Já o comércio e a agropecuária fecharam o mês com saldo negativo de 80 e 20, respectivamente.

Santa Catarina

No Estado, nos dois primeiros meses do ano, foram abertos 51,9 mil novos postos de trabalho formais, o que representa o segundo melhor resultado do país no período, perdendo só para São Paulo. Apenas em fevereiro, foram abertas 28,5 mil novas vagas em solo catarinense.

A relevância desses números aumenta se considerarmos que, em termos de extensão territorial e número de habitantes, Santa Catarina figura entre os menores estados do país.

Com 7.338.473 habitantes, o Estado tem estoque de 2.314.519 empregos, o correspondente a 31,54% da população no mercado de trabalho formal. Na Região Sul, esse percentual baixa para 25,59%, enquanto no país fica em 19,29%.

Pleno emprego

Em visita à região na segunda-feira, o governador Carlos Moisés já ressaltava que Santa Catarina “vive uma situação de pleno emprego, com taxa de desocupação de 4,3%, a menor do país”.

Ele também lembrou que o Estado foi um dos primeiros a parar as atividades econômicas por conta da pandemia. Mesmo assim, conseguiu recuperar-se mais rápido do que outras unidades da Federação.

No acumulado do ano, as 20 cidades catarinenses que mais geraram empregos, segundo o Novo Caged, foram Joinville, Blumenau, Itajaí, Itapema, Florianópolis, Chapecó, Fraiburgo, Jaraguá do Sul, Palhoça, Criciúma (décimo), Gaspar, Rio do Sul, Caçador, São João Batista, Concórdia, Araranguá, Lages, Monte Carlo, Videira e Brusque.

Brasil

Os dados do Novo Caged registraram ainda saldo positivo de 328.507 empregos com carteira assinada no país em fevereiro. No acumulado do primeiro bimestre, o saldo é de 478.862 novas vagas.