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Economia | 11/01/2023 | 08:17

Andreia Limas: Primeiros números mostram melhora na economia

Inflação fechou o ano em 5,79%, abaixo dos 10,06% acumulados em 2021, enquanto a balança comercial registrou recordes

Andreia Limas - andreia.limas@canalicara.com

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Saíram os primeiros números de dezembro e eles mostram melhora na economia brasileira em 2022, na comparação com o ano anterior. A inflação fechou o ano abaixo dos 10,06% acumulados em 2021, enquanto a balança comercial registrou recordes.

Outros indicadores, como o Novo Caged, só serão divulgados ao longo de janeiro, mas até novembro os dados apontam para a manutenção do aquecimento no mercado de trabalho formal. E o mesmo ocorre com a abertura de empresas.

O crescimento dos setores econômicos deve ser atualizado em fevereiro, com as pesquisas mensais do IBGE, enquanto o PIB será conhecido apenas em março, pois o instituto faz a divulgação trimestral desse indicador.

Inflação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA de dezembro foi de 0,62. Com isso, a inflação acumulada em 2022 ficou em 5,79%, melhor que os dois dígitos registrados no ano anterior, mas pela quarta vez consecutiva está acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, que em 2022 era de 3,5% e teto de 5%.

O resultado de 2022 foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas (11,64%), que teve o maior impacto (2,41 ponto percentual) no acumulado do ano. Por outro lado, os Transportes tiveram a maior queda (-1,29%) e o impacto negativo mais intenso (-0,28 ponto percentual) entre os nove grupos pesquisados.

INPC

Base de cálculo para os reajustes salariais, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC teve alta de 0,69% em dezembro e, com isso, a alta acumulada em 2022 chegou a 5,93%, também abaixo dos 10,16% registrados em 2021.

Dessa forma, o salário mínimo nacional alcançou ganho real de 2,98%, pois sofreu reajuste de 8,91%, ao passar de R$ 1.212 em 2021 para R$ 1.320 este ano.

Piso regional

Antes de continuar falando sobre os indicadores econômicos, abro um parêntese para as discussões em torno do piso regional de Santa Catarina. Está marcado para o dia 26 deste mês o segundo encontro entre representantes de federações empresariais e dos trabalhadores para dar sequência às negociações. A primeira reunião ocorreu em dezembro.

Composto por quatro faixas salariais, o mínimo regional se aplica exclusivamente aos empregados que não tenham piso salarial definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho. Os valores negociados entre as duas partes são a base para projeto de lei complementar encaminhado pelo governo à Assembleia Legislativa.

Exportações

Voltando aos números, as exportações brasileiras alcançaram em 2022 o total de US$ 335 bilhões, maior valor da série histórica e crescimento de 19,3% na média diária exportada em relação a 2021. O preço dos bens exportados se expandiu em 13,6% e o volume embarcado aumentou 5,5%.

As importações também apresentaram o maior valor histórico ao somarem US$ 272,7 bilhões, aumento de 24,3% em relação a 2021. O crescimento do preço dos bens importados foi preponderante para esse desempenho, ao registrar aumento de 23,4%. Já o volume das compras externas cresceu 2,6%.

O saldo comercial anual foi um superávit de US$ 62,3 bilhões, com aumento de 1,5% em relação ao ano anterior. Já a corrente de comércio apresentou expansão de 21,5% ao somar US$ 607,7 bilhões. Tanto o saldo quanto a corrente de comércio apresentaram os maiores valores da série histórica, iniciada em 1989.

Santa Catarina

No Estado, o volume exportado chegou a quase US$ 12 bilhões, apresentando variação de 16,2% em comparação a 2021. As importações somaram perto de US$ 29 bilhões, mantendo a balança comercial catarinense deficitária em US$ 17 bilhões.

A participação de Santa Catarina nas exportações brasileiras foi de 3,62% (é o décimo estado que mais exporta), enquanto a participação nas importações superou 10,6%, garantindo o segundo lugar entre as unidades da federação que mais adquirem produtos no exterior.

Região Carbonífera

Na Região Carbonífera, o volume exportado ultrapassou US$ 427,2 milhões no acumulado do ano e as importações, US$ 529,8 milhões, resultando em déficit de US$ 102,6 milhões.

Ao contrário de Santa Catarina e da região, a balança comercial de Içara terminou 2022 apresentando superávit de US$ 40,3 milhões, após US$ 70,6 milhões exportados e US$ 30,3 milhões importados. É o segundo melhor saldo entre os 12 municípios da região, menor apenas do que o apurado em Forquilhinha, superior a US$ 128,7 milhões.

O volume exportado por empresas içarenses no ano passado foi o maior da série histórica iniciada em 1997 e representa um aumento de 11,29% em comparação aos US$ 63,47 milhões alcançados em 2021, até então a melhor marca. Nas importações, houve alta de 69% em relação aos US$ 17,9 milhões negociados em 2021.

Empregos

Em novembro, o Brasil registrou saldo positivo de 135.495 postos de trabalho formais e, com isso, acumulou 2.466.377 novos empregos desde janeiro. Em Santa Catarina, o saldo ficou positivo em 4.239 no mês, elevando para 129.420 o total de novas vagas abertas nos 11 meses.

No acumulado do ano, é o sexto melhor desempenho entre as 27 unidades da federação, atrás de São Paulo (712.888), Minas Gerais (223.982), Rio de Janeiro (202.813), Paraná (153.693) e Bahia (136.204).

A Região Carbonífera manteve o saldo positivo em novembro, com 148 contratações a mais que demissões ao longo do mês na soma dos 12 municípios. Com o desempenho, chegou a 8.153 novas vagas com carteira assinada no acumulado do ano, das quais, 1.047 geradas em Içara.