Economia | 13/10/2021 | 09:21
Andreia Limas: Sua empresa pode acessar linhas de crédito especiais
Badesc oferece opções para microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas
Andreia Limas - andreia.limas@canalicara.com
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Tão importante quanto oferecer linhas de crédito às empresas é fazer com que essa informação chegue até os interessados, para que eles possam acessar o dinheiro e realizar os investimentos, mantendo ou expandindo os negócios e a geração de emprego e renda.
Nesse sentido, a Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc) deu início a um trabalho de divulgação junto aos municípios, incluindo os do Sul catarinense, capitaneado pelo presidente Eduardo Machado.
O Badesc oferece diferentes linhas de crédito às empresas, conforme o porte da organização e a destinação dos recursos. Entre os benefícios estão taxas de juros mais baixas ou subsidiadas. A seguir, estão alguns exemplos.
Micro e Pequenas Empresas
Voltado a micro e pequenas empresas, o Crédito BNDES é específico para capital de giro. Para acessar a linha, a empresa deve ter faturamento de até R$ 4,8 milhões no último ano. O valor financiável varia de R$ 15 mil a R$ 250 mil e o prazo de carência vai de seis a 12 meses.
As que não têm bens imóveis para oferecer em garantia podem usar o Fundo de Aval do Estado de Santa Catarina - FAE/SC, junto com o aval dos sócios e respectivos cônjuges/conviventes. A solicitação pode ser feita pela internet.
SC Mais Renda Empresarial
O SC Mais Renda Empresarial foi criado pelo Governo do Estado para auxiliar micro e pequenos empreendedores no enfrentamento dos prejuízos econômicos e sociais provocados pela Covid-19. Os juros são subsidiados, com a condição de que as parcelas sejam pagas em dia.
São 12 meses de carência e 36 meses para amortização. O valor financiável varia de R$ 15 mil a R$ 100 mil. Os solicitantes também poderão ter acesso ao Fundo de Aval do Estado.
Microempreendedores Individuais
Desde setembro, o SC Mais Renda Empresarial atende também os microempreendedores individuais. Nesse caso, com linhas de crédito de até R$ 10 mil, prazo de carência de seis meses e de amortização de até 12 meses.
Os MEIs ainda contam com o Juro Zero, por meio do qual recebem recursos financeiros para investir no seu negócio. Os empréstimos, no valor de até R$ 5 mil, devem ser pagos em oito parcelas. Ao quitar as sete primeiras parcelas em dia, o MEI recebe a isenção da última, paga pelo Estado.
Podem aderir ao programa todos os microempreendedores individuais que tiverem CNPJ regularizado e que residam em Santa Catarina. O empreendedor tem direito a realizar até duas operações, sujeitas à análise de crédito nas instituições de microcrédito presentes em todas as regiões de Santa Catarina (OSCIPs), e pelas cooperativas do Sistema Sicoob, com operação do Badesc.
Inflação
Financiamentos com juros reduzidos ou subsidiados são bem-vindos a qualquer tempo, mas tornam-se ainda mais importantes em períodos de inflação em alta, como agora, quando as taxas tendem a subir junto com os preços.
De acordo com o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro subiu 1,16%, 0,29 ponto percentual acima da taxa de 0,87% registrada em agosto. Essa foi a maior variação para um mês de setembro desde 1994, quando o índice ficou em 1,53%.
Com isso, a inflação registra alta de 6,90% no ano e ultrapassa os dois dígitos no acumulado dos últimos 12 meses: 10,25%. Em setembro de 2020, a variação mensal havia sido de 0,64%.
Vilões
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em setembro. O maior impacto e a maior variação (2,56%) vieram de Habitação, influenciado principalmente pela alta da energia elétrica (6,47%). Em setembro, passou a valer a bandeira Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 quilowatts/horas consumidos, além de reajustes tarifários.
Os preços do gás de botijão (3,91%) também subiram e acumulam alta de 34,67% nos últimos 12 meses.
O grupo dos Transportes acelerou 1,82% em relação a agosto, quando variou 1,46%. Mais uma vez, a maior contribuição veio dos combustíveis, que subiram 2,43%, influenciados pelas altas da gasolina (2,32%) e do etanol (3,79%). Além disso, o gás veicular (0,68%) e o óleo diesel (0,67%) também apresentaram variação positiva.
O grupo Alimentação e bebidas teve variação menor (1,02%) que a de agosto (1,39%). No lado das altas, destacam-se as frutas (5,39%), o café moído (5,50%), o frango inteiro (4,50%) e o frango em pedaços (4,42%). Além disso, também foram verificadas altas nos preços da batata-doce (20,02%), da batata-inglesa (6,33%), do tomate (5,69%) e do queijo (2,89%).
INPC
Tendo como referência famílias cuja renda não ultrapassa o equivalente a cinco salários mínimos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de setembro subiu 1,20%, 0,32 ponto percentual acima do resultado de agosto (0,88%). Esse também foi o maior resultado para um mês de setembro desde 1994, quando o índice ficou em 1,40%.
O acumulado no ano está em 7,21% e, em 12 meses, em 10,78%, acima dos 10,42% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2020, a taxa foi de 0,87%.
Os produtos alimentícios subiram 0,94% em setembro, ficando abaixo da variação observada em agosto (1,29%). Já os não alimentícios tiveram alta de 1,28%, enquanto em agosto haviam registrado 0,75%.