Economia | 14/10/2020 | 08:03
Andréia Limas: Você já conhece o Pix?
A previsão é de que o serviço esteja disponível para todo o Brasil a partir de 16 de novembro.
Andréia Limas
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O Banco Central criou um sistema que promete facilitar e agilizar os pagamentos e transferências bancárias. Semelhante ao DOC e TED, o novo Pix apresenta vantagens em relação a esses dois tipos de serviço, pois não terá tarifas para transações entre pessoas físicas, não exigirá o preenchimento de diversos dados a cada movimentação, estará disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana, e o dinheiro cairá na conta do beneficiário quase instantaneamente.
As transações podem ser feitas por bancos, instituições financeiras e plataformas de pagamento, através de aplicativos para telefone celular ou pelo internet banking em computadores. As transferências e pagamentos também podem ser agendados, da mesma forma que ocorre com o DOC e a TED.
Se cumprir todas as promessas, será uma ótima opção para os clientes. Entretanto, será preciso esperar para ver como vai funcionar na prática. A previsão é de que o serviço esteja disponível para todo o Brasil a partir de 16 de novembro.
Preocupações
Ainda não se sabe também como os bancos irão reagir à novidade. Afinal, é um setor muito sensível à perda de receita, embora esteja entre os negócios que mais lucram no país. No ranking do ano passado, entre as seis empresas que mais lucraram, quatro eram bancos.
Outra preocupação é em relação à ilicitude, pois como qualquer transação envolvendo dinheiro, o sistema não é imune a fraudes. De acordo com o BC, nos casos em que houver suspeita de fraude, os pagamentos ou transferências podem demorar até 30 minutos para serem verificados.
Tarifação
Mesmo que a transação seja feita por pessoas físicas, poderão ser cobradas tarifas caso o sistema seja usado como meio de recebimento para vendas de produtos ou serviços. As instituições podem ainda tarifar o uso presencial ou por telefone e são livres para tarifar as empresas. Então, não é difícil concluir que esses acabarão pagando pela “gratuidade” oferecida aos demais clientes, com os bancos elevando a tarifação para compensar eventuais “perdas”.
Funcionamento
O Pix funcionará por meio de chaves, que podem ser cadastradas pelos usuários através de contato com as instituições com as quais têm relacionamento. Podem ser cadastradas de uma até cinco chaves associadas a uma conta bancária. Com a chave é possível localizar o destinatário do pagamento sem outros dados de identificação. Poderão ser usados como chave o CPF, o CNPJ, o número do celular, o endereço de e-mail ou um código de 32 dígitos gerado especificamente para o Pix (EVP). Basta informar a chave do beneficiário para que o sistema localize o recebedor do pagamento e realize a transação.
Cadastro
O cadastro das chaves começou no último dia 5 e, conforme o BC, em pouco mais de nove horas, mais de 3,5 milhões de registros foram feitos. Quase 700 instituições financeiras, entre bancos, fintechs (startups do setor financeiro), financeiras e cooperativas de crédito estão habilitadas para usar o Pix. Para receber o aval do BC, a instituição precisa passar por testes. O sistema também terá uma fase experimental, a partir do dia 3 de novembro, apenas para um número reduzido de clientes e em horário limitado. Ainda não foram definidos os critérios que vão determinar como serão escolhidos esses usuários.
Limites
Os valores que poderão ser movimentados pelo novo sistema vão variar de acordo com o perfil de cada cliente, do mesmo modo que com outros serviços bancários. Os limites variam de no mínimo, segundo a regulamentação do Banco Central, 50% do valor das transferências tipo TED até o valor autorizado para compras em débito. Os limites também vão variar de acordo com o dia da semana e o horário em que for utilizado o serviço.
Desenvolvimento
Evento multi-institucional, o Sul Conecta reunirá entidades de toda a região para discutir os cenários do empreendedorismo e das novas tecnologias, que vão impulsionar o desenvolvimento mesmo durante e após a pandemia de coronavírus. Realizado de forma virtual, o encontro ocorrerá nesta quinta-feira, dia 15, entre as 19 e 22 horas, tendo como convidados Gil Giardelli, que falará sobre “Inovação, Transformação Digital e Sociedade 5.0 no cenário pós-pandemia”, e Ana Carla Fonseca Cainha, abordando o tema “Papel das Pequenas Empresas no Desenvolvimento das Cidades”. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas em www.sympla.com.br.
Inovação
Fundador e CEO de uma das empresas consideradas mais inovadoras do mercado brasileiro de tecnologia, a Exact Sales, Théo Orosco narra sua história profissional no livro "De zero a 50 milhões - aprendizados reais de uma trajetória empreendedora" e vai estar em um evento promovido pelo Centro de Inovação regional nesta quinta-feira (15), das 18h30 às 20 horas. O bate-papo virtual será mediado pela jornalista e diretora da Alfa Comunicação e Conteúdo, Andressa Fabris. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo link https://exactsal.es