Economia | 08/07/2022 | 10:57
Balança comercial: Içara fecha o semestre com superávit de US$ 19 milhões
Resultado representa quase o dobro do apurado no mesmo período de 2019, ano pré-pandemia
Andreia Limas - andreia.limas@canalicara.com
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O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou os dados detalhados da balança comercial brasileira e eles mostram que o desempenho de Içara no primeiro semestre supera em muito o obtido no mesmo período de 2019, ano pré-pandemia. Entre janeiro e junho de 2022, o saldo ficou em US$ 19.069.202, quase o dobro do superávit de US$ 10.658.392 registrado naquele ano.
É também o terceiro melhor desempenho da série histórica iniciada em 1997, período em que as informações são disponibilizadas pelo sistema Comex Stat. Fica atrás apenas dos US$ 25.680.393 contabilizados em 2017 e dos US$ 20.263.220 de saldo do primeiro semestre de 2021.
Desde 2015, a balança comercial de Içara apresenta-se superavitária, ou seja, com valor exportado superior ao importado. No entanto, nos dois últimos anos houve um aumento expressivo nas exportações, que saíram da casa dos US$ 15 milhões no primeiro semestre de 2019 e de 2020 para quase US$ 30 milhões em 2021 e US$ 32.475.057 em igual período de 2022, o maior volume da série histórica – em 2017 foram US$ 27,8 milhões.
Da mesma forma, o volume importado segue aumentando nos últimos anos, passando de US$ 4,8 milhões no acumulado entre janeiro e junho de 2019 para US$ 13.405.855 no primeiro semestre deste ano.
Junho
Em relação a junho, as exportações chegaram a US$ 6.138.893 no mês passado, a terceira maior marca da série histórica, atrás dos mais de US$ 7 milhões exportados em maio deste ano e dos US$ 6,24 milhões de dezembro de 2016. Considerando que houve US$ 1.490.385 em volume importado, o saldo da balança comercial de Içara em junho resultou em superávit de US$ 4.648.508.
Produtos e parceiros
Insumos para as indústrias da cerâmica, do esmalte e do vidro continuam liderando a lista dos produtos mais comercializados ao exterior por empresas içarenses, com US$ 10.866.335 no acumulado do semestre, o equivalente a 33,46% do total. A seguir, vêm os reboques e semirreboques para veículos, com US$ 7.646.824; o mel natural, com US$ 7.392.035; e tintas e vernizes, com US$ 2.215.508.
A lista das importações também é encabeçada pelos insumos para as indústrias da cerâmica, do esmalte e do vidro, com US$ 5.555.105 negociados no período, o que representa 41,44% do total. Para as indústrias plásticas, foram US$ 1.613.955 em polímeros (22,54%), além US$ 940.837 (7,02%) em silicatos e US$ 682.166 (5,09%) em barras de ferro ou aço para fins diversos.
A parceria comercial teve Argentina, Estados Unidos, Bolívia, Paraguai e Chile como os principais compradores de produtos içarenses no semestre. Já as importações vieram majoritariamente da Itália (43,09%), seguida por China (22,54%) e Argentina (8,10%).