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Economia | 14/02/2019 | 08:57

Calor causa pequenos prejuízos aos produtores rurais de Içara

Especial do Jornal Gazeta

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As temperaturas de 40ºC, registradas durante o mês de janeiro em Içara, atingiram negativamente o sítio em Esplanada do agricultor e avicultor Felix Guollo. A principal cultura prejudicada pelo calorão, segundo ele, foi a de milho, que estava na fase inicial de desenvolvimento. “Na germinação do milho, perdi cerca de 10%”, estima.

“O milho plantado está na fase vegetativa, com poucos dias. E o calor excessivo em si não influenciou, o milho se desenvolve bem em temperaturas de 35°C a 40°C. O problema maior é a falta de água”, aponta o engenheiro agrônomo da Epagri de Içara, Luiz Fernando Búrigo Coan. “Choveu bem e a temperatura amenizou um pouco. Então as plantas conseguiram voltar ao seu estado original de água nos seus tecidos e não morreram. Por isso não tivemos muitas perdas”, completa.

Para o agricultor Vilmar Budny, de Santa Cruz, o calor afetou também o cultivo de soja. “Teve uma parte da soja que não nasceu”, relata. Vilmar tem aproximadamente 137 hectares de plantação, sendo 60 de milho, 40 de soja, 30 de feijão e sete de fumo. “Outras culturas, como a soja, que estão recém-plantadas, não sofreram tanto, até aceitam mais o calor. Mas as hortaliças sofreram muito, porque estava aquele calor e vinha aquela chuva fria, aquela chuva forte, e machucava as folhas da alface e couve”, alerta o engenheiro agrônomo da Epagri.

Impactos na pecuária de leite e avicultura

Se as altas temperaturas trouxeram poucos prejuízos aos agricultores içarenses, as condições climáticas foram sentidas de forma mais intensa na criação de animais. O avicultor Felix Guollo, da comunidade de Esplanada, perdeu boa parte da produção. “Eu tive 120 frangos que morreram devido ao calor”, comenta.

Segmento importante na produção rural de Içara, a pecuária de leite também acumula prejuízos. “As vacas de leite perdem muita água, porque é muito quente. Assim como nós, que temos que tomar muita água devido ao calor, os animais também; e muitas vezes no pasto não tinha água”, explica Luiz Fernando Búrigo Coan.