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Economia | 11/04/2011 | 00:06

Cartões pré-pagos, alternativa no exterior

Especial de Wellton Máximo, da Agência Brasil

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Sem anualidade e demais taxas associadas ao uso, os cartões de crédito pré-pagos viraram uma opção para quem quer fugir dos reajustes de imposto anunciados recentemente pelo governo. Essa modalidade, no entanto, não representa uma operação de crédito na prática e só é vantajosa em viagens fora do Brasil. É que, atualmente, as administradoras permitem o uso do cartão em estabelecimentos comerciais apenas no exterior.

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No Brasil, o cliente pode fazer saques em caixas eletrônicos, mas paga uma tarifa a cada retirada. A operação não vale a pena porque os mesmos saques podem ser feitos no cartão de débito sem pagar nada. O carregamento dos cartões de crédito pré-pagos no país só pode ser feito em bancos conveniados com a administradora. O cliente abastece o cartão com dólares ou euros na própria agência ou numa corretora conveniada com o banco.

Por se tratar de uma operação cambial, não de crédito, o titular paga apenas 0,38% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), alíquota menor que as cobradas nas transações de crédito. A coordenadora institucional da associação de consumidores Proteste, Maria Inês Dolci, esclarece que os cartões pré-pagos não envolvem nenhum tipo de empréstimo ou financiamento, portanto não se enquadram a rigor na modalidade de crédito. “O cliente carrega o cartão com recursos de que já dispõe. A única mudança é na forma de transportar o dinheiro”, explica.

Segundo Rose del Col, vice-presidente para Produtos Pré-Pagos da American Express, administradora que oferece a modalidade, os cartões pré-pagos, na prática, funcionam como compra antecipada de dólares ou de cheques de viagem. “O cliente carrega o cartão e não precisa viajar ao exterior com dinheiro nem cheques que podem ser roubados”, diz. Em caso de extravio, o titular recebe outro cartão com o saldo residual e não perde dinheiro.

A única recomendação que Maria Inês, da Proteste, faz é em relação a eventuais taxas cobradas pelas corretoras na hora de abastecer o cartão. Ela, no entanto, ressalta que essas tarifas costumam ser cobradas apenas no primeiro carregamento, como taxa de associação à corretora. Em relação aos aumentos no IOF, ela considera válido o uso do cartão pré-pago apenas em viagens ao exterior. “Dentro do país, não vejo razão para usar esse tipo de cartão”, avalia.