
Economia | 10/09/2009 | 10:24
Casan oferece R$ 5 milhões para Içara
Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com
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O assunto foi requentado nas últimas semanas. E voltou a causar alvoroço no meio político içarense. Tudo por causa das negociações para o compartilhamento no fornecimento de água e a coleta de esgoto na cidade. Sobre o assunto, Gentil Da Luz (PMDB) já havia opinado antes mesmo de assumir o Paço: “Acho que o Samae foi um péssimo negócio” (Jornal Agora de 2 de janeiro de 2009). “Temos no governo o presidente da Casan, de Içara, Walmor De Luca. Ele poderia ajudar a solucionar os problemas de saneamento da cidade”, ainda havia pontuado o prefeito.
Após oito meses de governo, Gentil foi novamente questionado sobre o assunto. E afirmou que o compartilhamento do serviço é estratégico. Isto porque a cidade receberá o financiamento de R$ 10 milhões através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). E o valor terá apenas um destino: a criação do esgotamento sanitário nos bairros centrais. Por causa disso, a prefeitura ficaria engessada. Isto porque o montante seria o limite de endividamento que a cidade comporta.
Para cuidar do debate e das garantias que a cidade poderá ter, o Executivo içarense nomeou o empresário e gerente da Unisul em Içara, Sandro Serafim (foto). Segundo ele, a proposta apresentada pela Casan até agora é de R$ 5 milhões, mais 7% do faturamento. Desta porcentagem, no mínimo R$ 100 mil deveriam ser para o Fundo Municipal de Saneamento (FMS). E o parcelamento dos R$ 10 milhões do PAC seria assumido pela companhia estadual.
“Atualmente, estou fazendo todo o levantamento das informações para que possamos decidir sobre o melhor para Içara”, afirma Sandro. “Temos que ter garantido em contrato, valores mensais e cronograma de obras, pois o não cumprimento acarretará em sua rescisão”, ainda alerta ele.
Uma das dúvidas em relação a possibilidade de gestão compartilhada é sobre a tarifa. Isto porque com a emancipação do Balneário Rincão, a Casan poderia romper a compra da água do novo município. E com isso, utilizar a captação do Rio São Bento, em Siderópolis. Se esta segunda alternativa se confirmar, Sandro acena que “a Casan não cobrará pela água, apenas pela tarifa de tratamento e distribuição, como acontece em Criciúma”.