
Economia | 02/02/2011 | 22:52
Ceramistas rejeitam proposta e podem parar
Lucas Lemos com informações de Maristela Benedet (Assessoria)
Compartilhar:
Não agradou aos trabalhadores das 14 indústrias cerâmicas da região a proposta de dissídio oferecida pelos patrões. E, por isso, eles ameaçam parar se uma nova rodada de negociações não surtir efeito na próxima semana. “Estão vendendo mais e sem produção pela falta de mão-de-obra. É hora de buscar a parte do bolo que cabe ao trabalhador”, considera o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Ceramistas de Criciúma e região, Itaci de Sá.
Conteúdo relacionado:
31/01/2011 » Ceramistas querem 16,47% de aumento
Em assembleias realizadas em Criciúma e Cocal do Sul nesta quarta-feira, dia 2, foi apresentada a contraproposta patronal. O índice oferecido varia de 8,47%, para quem recebe no máximo R$ 1 mil, até 6,47%, para aqueles que recebem acima de R$ 3 mil. Aos trabalhadores vinculados ao atual piso inicial de R$ 690, seria aplicado 20% entre a inflação e ganho real. Para quem recebe o piso de R$ 840, o índice seria de 10%, também incluindo a inflação neste cálculo.
Contudo, a categoria quer 10% de ganho real, piso de R$ 1,2 mil e abono de R$ 1 mil. “Temos que ter consciência da perda salarial e do salário baixo e vivemos uma situação diferente dos outros anos. A atividade econômica no setor está num bom momento”, considera Itaci. Ainda segundo ele, as próprias empresas estão divulgando que em 2010 o crescimento no segmento superou a 11% e a projeção para os próximos anos é de grande faturamento com o “boom” do mercado imobiliário no país.