Ciência viva para um futuro melhor

A biotecnologia reserva um mundo mais verde e eficiente. Afinal, mesmo do rejeito da cana-de-açúcar é possível extrair componente para o consumo de micro-organismos modificados geneticamente e a transformação em matéria-prima para a substituição do petróleo, por exemplo, em embalagens. "O plástico verde tem resistência idêntica ao derivado do petróleo, mas é menos nocivo ao meio ambiente. Isso compensa", enaltece o pós-doutor em Biologia Molecular e Sintética, Davi Ludvig Gonçalves.

"Tudo depende de investimentos", completa. O estudo dos micro-organismos pode ser aplicado também na produção agrícola. É o caso do uso de fungos para o controle de carrapatos em bovinos. Mas ainda há barreira no uso medicinal humano. "Embora já tenhamos bastante conhecimento com os genes mapeados, ainda não possuímos tudo sob controle, pois nosso organismo gera reações em cadeia e pode sofrer desequilíbrio. É diferente do uso empresarial, onde fica concentrado", contrapõe.

A experiência do jovem morador de Içara foi repassada em uma mesa redonda ao Núcleo Associativo de Jovens Empreendedores da Associação Empresarial de Içara nesta segunda-feira, dia 28. Além do Portal Canal Içara, a Ajei é formada pela Fox Autoescolas, Amaretti Bebidas, Teiz, Anave, Toda Top Confecções, Jatral Terraplanagem, Moneretto Luz Engenharia, Fábio Ronchi Advogados Associados e R1 Consultoria.

Davi é formado na Unesc em Biologia, mestrado em biotecnologia pela UFSC e doutorado também pela Universidade Federal, a maior parte, no Japão. Além disso, tem pós-doutorado em Biologia Molecular e Sintética, já atuou na Brasken, em Campinas (SP), foi pesquisador visitante no National Institute of Advanced Industrial Science and Technology em Hiroshima, no Japão, e atua no desenvolvimento de tecnologias renováveis para a produção de etanol e outros compostos industriais. "Agora pretendo dar aula e empreender", ressalta.